Assassino pode ser conhecido da vítima

José Maria Mendonça, o Zico, levou dois tiros na cabeça, sábado
José Maria Mendonça, o Zico, levou dois tiros na cabeça, sábado

 

Mirna Graciela
Laguna
 
As investigações sobre o assassinato do policial civil José Maria Mendonça, o Zico, 46 anos, ganham novos desdobramentos. Mais de 15 pessoas já prestaram depoimento e, além da hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), a polícia suspeita que o autor do crime possa ser conhecido da vítima.
 
O policial foi morto com dois tiros na cabeça, no último sábado, em sua própria residência, no Km 37, em Laguna, com um revólver calibre 32. O crime ocorreu entre 16h30min e 19h30min, de acordo com os cálculos do Centro de Operações da Polícia (COP) do município. O corpo foi encontrado pelo cunhado de Zico, domingo, às 8h20min.
 
Uma sacola com duas armas, um celular e uma base de telefone foi encontrada por um pescador boiando na lagoa, atrás do Mercado Público, no dia seguinte ao crime. Tratam-se de um revólver calibre 32 e uma pistola ponto 40. Essa última, segundo confirmação do delegado do COP, Rubem Thomé, coordenador das investigações, é de uso da Polícia Civil, mais especificamente a arma de trabalho de Zico. Já o revólver calibre 32 será encaminhado hoje para Florianópolis, onde serão feitos testes de balística, para confirmar se foi a arma usada no crime.
 
“O que vai nos colocar num rumo definitivo é o resultado da perícia, que fica pronto na próxima quinta-feira. Estamos trabalhando com várias hipóteses, com a participação de vários policiais”, revela o delegado. 
 
Homenagens no sepultamento
Além da pistola ponto 40, foram levados da residência de José Maria Mendonça, o Zico, um celular, um telefone com identificador de chamadas e R$ 30 mil, que seriam utilizados na compra de um veículo para a filha. 
O corpo do policial foi sepultado ontem, na comunidade de Laranjeiras, com homenagens. No cortejo – o velório ocorreu na sede do Esporte Clube Juventude, onde Zico era presidente – até a igreja do bairro, para a missa de corpo presente, o caixão foi coberto por uma bandeira da Polícia Civil. No fim, as sirenes e giroflex das viaturas foram acionadas.