Assassinatos em Tubarão: Nem todos os crimes têm ligação

Maycon Vianna
Tubarão

Depois da confissão do assassino de Lohana Gonçalves de Oliveira, assassinada no dia 27 de julho com um tiro na cabeça, na rua Cândido Darela, bairro Morrotes, a Polícia Civil de Tubarão cada vez está mais próxima de desvendar todos os mistérios que ainda existem a respeito dos últimos cinco homicídios ocorridos na cidade, todos em menos de dois meses.

Até a prisão do assassino de Lohana, preso com outros três suspeitos, na tarde de sexta-feira, os policiais acreditavam que as investigações sobre a morte de Fabiano Francisco da Silva, 29 anos, eram as mais adiantadas (ele foi morto com seis tiros à queima-roupa, em sua residência, no Morro do Bem Bom, bairro São João).

Com a prisão do quarteto, em Armazém, sexta, o caso Lohana passa a ser o mais avançado. O assassino confesso afirmou que queria vingar-se do pai de Lohana, Renato Corrêa de Oliveira. Porém, ele não confirmou à polícia que matou a menina por engano. Inicialmente, a única hipótese levantada era que o alvo seria Renato – por rixa ou acerta de contas -, porém, como ele conseguiu desviar, a bala acabou acertando a criança.

Renato levou Lohana imediatamente ao hospital na tentativa de salvá-la. A menina chegou a tempo de ser operada, mas não resistiu e faleceu logo depois.
O assassino tinha residência na localidade do Pantanal e morava próximo a Renato. Segundo a polícia, o assassino, de 18 anos, já teria ameaçado Renato antes do crime consumado, há alguns meses.

O assassino está no Presídio Regional de Tubarão. Dos 12 mandados de prisão emitidos pela justiça, 11 já foram cumpridos. No total, 15 suspeitos foram presos na ‘Operação Tubarão 121’, que iniciou na última quarta-feira, com o intuito de encontrar os autores dos homicídios, e somente será encerrada quando todos os crimes forem desvendados.

Crimes não devem estar interligados
As investigações da Polícia Civil de Tubarão apontam que nem todos os homicídios ocorridos na cidade este ano têm ligação. Os dois primeiros assassinatos, de Roge Moreira, 25 anos, e Taiane de Oliveira Espíndola, 20, devem, sim, ter algum tipo de ligação.

Inclusive, suspeita-se que os crimes tenham sido cometidos pela mesma pessoa, pois Taiane conhecia Roge e poderia depor contra o assassino dele. Ele foi morto no dia 5 de junho e ela em 15 de julho, ambos no mesmo local, próximo à ponte Manoel Alves dos Santos (do Morrotes).

Já o homicídio da pequena Lohana Gonçalves de Oliveira, de um ano e 11 meses, provavelmente nada tem a ver com os outros quatro assassinatos (Roge, Taiane, Fabiano Francisco da Silva, 29 anos, e um homem de 40 anos).

No caso de Fabiano, a maior suspeita recai sobre uma dupla presa no dia 31 de julho com uma toca com desenhos de aranha. Este gorro, inclusive, foi reconhecido por uma testemunha de tentativa de homicídio ocorrida no mesmo da dia da prisão.