Maycon Vianna
Imbituba
Um dia depois da maior apreensão de cocaína realizada no estado, a Polícia Federal fez a pesagem da droga, na manhã de ontem, em Florianópolis. Dados oficiais divulgados pela PF dão apontam que 627 quilos da droga foram apreendidos. A quantidade divulgada no dia da apreensão era 570 quilos.
No mercado internacional, a venda de toda a droga resultaria em aproximadamente R$ 50 milhões. “Um teste preliminar confirmou que se trata mesmo de cocaína. Um dado interessante é que a droga estava em um fundo falso, não em meio aos 22 mil litros de óleo mineral”, confirma o supervisor do canil da Polícia Civil de Tubarão, Roberto Del Pizzo.
A apreensão foi resultado de uma operação realizado pela Receita Federal e as polícias Federal e Civil. As investigações começaram há dois meses. Elas apontam que a cocaína é procedente do Equador e seria enviada para o Porto de Antuérpia, na Bélgica. “A importação do óleo de palma era para Florianópolis. Depois, já estava prevista a ida do contêiner para a Bélgica, levando parafina líquida, porém, o estado não trabalha com este tipo de produto”, relata o delegado da Polícia Federal, João Vieira.
O delegado tem 90 dias para concluir o inquérito. Pelo menos 50 pessoas devem ser ouvidas hoje, entre elas os donos do contêiner-tanque e da empresa importadora, e funcionários da Receita Federal e do Porto de Imbituba. Ainda não houve prisões. Oito catarinenses podem estar envolvidos.
Esta foi a maior apreensão de cocaína já feita em Santa Catarina e a terceira maior do Brasil. Antes, a maior quantidade já flagrada da droga no estado havia sido 288 quilos, escondidos no fundo falso de um contêiner em Itajaí, em 2005.