Agressão: “Matei para não ser morto”

Rafael Andrade
Sangão

O agressor do jovem Alexsandro Fonseca de Lima, 23 anos, apresentou-se à polícia ontem, às 15h30min, acompanhado de seu advogado, na delegacia de Sangão. Alexsandro morreu a caminho do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), às 6h30min de domingo.
O autor do crime, 28 anos, alegou que as pauladas foram “necessárias”. A vítima teria o ameaçado com uma arma de fogo e, para se precaver e não levar um tiro, ele atacou Alexsandro e o deferiu algumas pauladas.

Porém, na perícia realizada no local da agressão, em frente ao Salão do Tio Pedro, na localidade de Sangãozinho, em Sangão, não foi encontrada nenhuma arma de fogo. Apenas um pedaço de madeira sujo de sangue estava perto do corpo de Alexsandro.
A vítima e o autor conheciam-se, eram praticamente ‘amigos’. Eles tiveram o primeiro contato na cidade de Sete Quedas, em Mato Grosso do Sul.

O agressor mora na Amurel há cinco anos e a vítima morava há um ano e meio. Inclusive, quando Alexsandro veio morar na região, recebeu auxílio do ‘amigo’. No depoimento, o autor da agressão ainda revela que chegou a locar um imóvel para Alexsandro.
Segundo o depoimento do acusado, os dois brigaram há cinco meses e a ‘richa’ continuou. No dia da agressão, Alexsandro queria brigar novamente e o ameaçou de morte.

Os policiais civis de Sangão e Jaguaruna investigam o caso. O corpo do jovem ainda está no Instituto Geral de Perícias (IGP) de Tubarão. A família da vítima prepara o translado do corpo para Mato Grosso do Sul, o que deve ocorrer hoje.
“Acredito que iremos concluir o inquérito no fim da próxima semana”, informa o policial Alex Etevaldo de Souza.