Agente penitenciário é preso em flagrante por descumprimento de medida protetiva

Laguna

Uma tentativa de feminicídio foi registrada no início da tarde de terça-feira (7), em Laguna. Um agente penitenciário, de 38 anos, do Estado de Santa Catarina, lotado no presídio de Tubarão – morador de Laguna, foi preso em flagrante por policiais civis da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami), na Cidade Juliana.

O homem invadiu a residência da sua ex-esposa para buscar um equipamento de ar condicionado. Dessa forma, ele descumpriu a medida protetiva de não ir ao local. Além disso, na residência de seu pai, o homem acabou atirando para cima após conflito familiar minutos antes. Ninguém ficou ferido.

No entanto, após mais de 24 horas na Unidade Prisional Avançada de Laguna, o servidor público foi liberado nesta quarta-feira (8), depois de passar por audiência de custódia, por decisão do juiz de Laguna, Pablo Vinícius Aradi. Porém, ocorreu um acréscimo no número de medidas protetivas.

A taxa de feminicídio no Brasil é a 5ª maior do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Este tipo de crime foi um dos que mais aumentou no país em 2019. Uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou que o número de casos de feminicídio subiu 11% no Brasil, no ano passado. Mulheres são mortas ou agredidas covardemente quase sempre pelo atual ou ex-companheiro.

O feminicídio não é um crime isolado. Ele é o ápice de um processo que começa com agressões verbais, humilhações e violência física. Por definição, o feminicídio é o assassinato decorrente da condição de mulher da vítima. Em 79% dos casos, o autor do crime é conhecido. A motivação, geralmente, ciúme ou vingança após separação do casal. Em 68% das ocorrências, o crime ocorre dentro da casa da vítima.

Muitas mulheres vivem isso diariamente e não se defendem por medo, dependência financeira, filhos ou porque sequer se dão conta de que estão em um relacionamento abusivo. Quando elas se sentem fortalecidas para romper com esse ciclo, o agressor vê seu sentimento de posse ameaçado. É o momento em que o feminicídio ocorre.