Advogada denuncia assédio após ser atacada na rua por motorista

Sempre que pode, a advogada Monica Matsuo faz corridas pela manhã em Blumenau. Entretanto, neste sábado (4) por volta das 6h30, ela conta que foi atacada na rua por um motorista que a assediou, no bairro Victor Konder.

O caso foi relatado em um desabafo feito pela advogada, que repercutiu nas redes sociais. De acordo com ela, a situação ocorreu após ela recusar uma cantada do agressor, próximo da empresa Sênior Sistemas.

“Corro sempre de bermuda e top, com uma camiseta amarrada na cintura”, conta em vídeo. “Um carro me abordou, parou no meio da rua e abriu os vidros para me falar alguma coisa que realmente prefiro não lembrar o que é”, complementa.

Ela relata que respondeu à altura. “Não é porque eu estou de top, correndo no meio da rua, que qualquer pessoa nesse mundo tem o direito de demonstrar a sua opinião de uma forma pejorativa, ofensiva. Continuei minha corrida”, conta.

Segundo Monica, ao virar na quadra próxima ao Giassi Supermercados, na rua Antônio da Veiga, o motorista parou o carro, abriu a porta e a atacou. “Ele avançou em cima de mim, ele veio na minha direção e soltou palavrões muito ofensivos”, continua.

A advogada conta que um rapaz, que estava sentado no ponto de ônibus e presenciou a cena, a defendeu. “Continuei correndo, parei para ver se ele já tinha ido embora, para ver se ele não estava vindo atrás de mim novamente, e essa pessoa então tomou as minhas dores e levantou”, recorda.

“Eu até falei assim ‘moço, não faça nada’, pois uma pessoa que avança de uma mulher neste sentido não pode estar no seu senso normal. Ele disse: ‘eu vou fazer, moça, sabe por que? Porque poderia ser com a minha mãe ou a minha irmã’, e foi simplesmente horrível”, relata.

Contudo, de acordo com Monica, o homem que a atacou voltou para o carro, pegou um cassetete preto e partiu para cima dos dois. “Eu estava em uma das ruas mais movimentadas de Blumenau. Enquanto ele corria atrás da gente com esse cassetete, eu gritava para que as pessoas [ajudassem], e olha que passava muita gente na rua de carro e inclusive a pé também, e as pessoas não tiveram o trabalho de sequer dirigir o olhar para nós”, conta. Uma teria falado ainda “vocês que se matem”, relata.

Polícia foi até o local

Conforme a advogada, a Polícia Militar foi até o local, fez o Boletim de Ocorrência e outras medidas necessárias. Contudo, o motorista foi liberado pela polícia.

“Nós temos uma audiência agendada para março do ano que vem, de representação. Vou representar sim, não vou me calar, vou atrás das câmeras, de tudo o que for necessário, para que essa pessoa nunca mais pense em fazer isso com outra pessoa”, finaliza.

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Fonte: O Município