Abrigo para andarilhos: Viadutos continuarão com vãos livres

Amanda Menger
Tubarão

Quem observa as obras de duplicação da BR-101 em Tubarão, já deve ter observado que os viadutos em construção na cidade apresentam vãos livres. Há cerca de 15 dias, a Polícia Militar fez um alerta durante o seminário A Urbanização da cidade do ponto de vista da segurança, realizado pela Comissão Municipal de Segurança.

Para a PM, os viadutos poderão se tornar locais de abrigo para os andarilhos e agravar o problema já existente na cidade. “Esta questão dos viadutos é algo que precisa ser pensado com cuidado. Hoje já temos pontos críticos como a Área Verde, Morrotes, São João margem esquerda, Fábio Silva e São Martinho. Se não cuidarmos teremos mais problemas adiante”, advertiu o major Giovani Livramento, quando apresentou o relatório sobre os pontos de maior incidência de crimes na cidade.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o projeto prevê que, em Tubarão, os viadutos tenham vãos livres.

“Em outros municípios optou-se por fazer os muros e deixar apenas uma calçada para os pedestres. Contudo, quem decidiu como seria a obra, ou seja, se com vãos livres ou muros, foi à população durante a realização de audiências públicas para a definição do traçado da rodovia”, revela o assessor de comunicação do Dnit, em Florianópolis, Breno Maestri.
Em outros municípios foram firmados convênios com as prefeituras para a utilização dos espaços. “A ocupação irregular dos viadutos é algo que precisa ser pensado. Por isso, muitas cidades aproveitaram para construir postos de informações turísticas, quadras esportivas – com a devida proteção de telas – ou ainda sede de associações de moradores”, exemplifica Breno.

Em Tubarão, a intenção é firmar este convênio com o Dnit. “Começamos a tratar disso no governo passado, do prefeito Carlos Stüpp (PSDB). Com a mudança de administração, não voltamos ao assunto. Mas queremos utilizar aquele espaço, temos consciência que poderá se tornar mais um ponto para os andarilhos. Porém, ainda não sabemos o que será feito”, explica o secretário de planejamento da prefeitura, Edvan Nunes.