Moradora de Laguna assassinada em chacina no RS é sepultada

Mostardas (RS)

Sabrina Cardoso dos Reis, 34 anos, é uma das vítimas de um tiroteio registrado na madrugada de sábado, dia 10, em uma boate às margens da RSC-101, no bairro Solidão, no interior de Mostardas, cidade que fica a 222 km de Porto Alegre, capital gaúcha. Ela era moradora de Laguna. 

Segundo informações obtidas pela reportagem do Portal Agora Laguna, a vítima lagunense chegou a ser resgatada com vida, mas morreu a caminho do hospital. Além de Sabrina, morreram Bruna Jaqueline dos Santos Dutra, 27 anos, Guilherme Lemos Costa, 20, José Antônio Colares Machado, 73, e Marcelo Marques da Silva. Nenhum tem antecedentes criminais. 

A Brigada Militar disse que dois homens e duas mulheres foram encaminhados em estado grave para casas hospitalares da capital do estado. 

Entenda o caso 

O crime ocorreu por volta de 1h, três atiradores entraram no local e dispararam contra funcionários e frequentadores da boate. “São várias possibilidades. Estamos trabalhando no local, com uma equipe do IGP para tentar descobrir a motivação destes crimes. O que sabemos é que são vários atiradores, com calibres diferentes. Não descartamos o envolvimento com o tráfico de drogas”, explicou o delegado João Henrique Gomes.

Sabrina morava no bairro Magalhães e deixou quatro filhos. Antes de morar em Laguna, residiu por algum tempo em São Paulo e em Garopaba. O velório ocorreu na Capela Mortuária São Pedro (Gomsan), no Centro Histórico, e o sepultamento no Cemitério da Cruz, em Laguna. 

Conforme o delegado, a suspeita é de que o crime foi praticado por uma facção criminosa que é conhecida por práticas violentas. “Eles tinham um alvo, mas teve pessoas que morreram, que achamos que não tinham nada que ver. Dois homens tentaram sair do local e foram mortos”, diz o delegado.

As vítimas foram identificadas como Bruna Jaqueline dos Santos Dutra, Guilherme Lemos Costa, José Antonio Colares Machado, Marcelo Marques da Silva e Sabrina Cardoso dos Reis. Os quatro feridos foram encaminhados para um hospital da capital gaúcha. A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre disse que, em casos de violência, não informa o estado de saúde de pacientes por medida de segurança.

‘Investigação complexa’

Em um vídeo que circula nas redes, é possível ouvir um tiroteio. Conforme o delegado, a polícia trabalha com a hipótese de as imagens serem da chacina. Elas estão sendo analisadas nas investigações.

“As falas no vídeo nos levam a crer, bem como os vídeos começaram a circular após a chacina, ou seja, quem filmou tinha que mostrar para alguém”, afirma Guerreiro. No vídeo, os suspeitos entram gritando “deita, deita que é a polícia”. Depois de efetuarem vários disparos de arma de fogo, um dos suspeitos diz ao sair do local: “Matei dois”.

A Polícia Civil ainda não sabe ao certo quantas pessoas estão envolvidas no crime. Mas acredita que eram três ou quatro atiradores. “Estamos analisando todos os vestígios e indícios. É uma investigação complexa e muito ampla no momento”, diz o delegado.