O caixão com o corpo do papa Francisco foi levado nesta quarta-feira (23) da Casa Santa Marta até a Basílica de São Pedro, no Vaticano, em uma procissão solene aberta ao público. A responsabilidade da condução ficou por conta dos sediários pontifícios, grupo tradicional da corte vaticana que atua em cerimônias protocolares. Francisco faleceu no início da semana, e o funeral oficial acontecerá no sábado (26), com missa celebrada na Praça de São Pedro.
Corte papal atua em cerimônias e audiências no Vaticano
Os sediários pontifícios, também conhecidos como “homens de preto”, são servidores do protocolo do Vaticano. Eles organizam celebrações, orientam convidados em audiências privadas e cuidam da estrutura física de eventos e ritos religiosos. Historicamente, também carregavam a cadeira papal — prática descontinuada desde o pontificado de Paulo VI. Em ocasiões especiais, como a morte de um papa, têm a missão de transportar o caixão em procissões públicas.
Cerimônia atrai multidão e emociona fiéis
A despedida de Francisco mobilizou cerca de 20 mil fiéis na Praça de São Pedro, muitos dos quais se emocionaram ao ver o caixão passar. O velório permanecerá aberto até sexta-feira (25), permitindo que o público preste homenagens. Antes da abertura ao público, bispos e padres realizaram ritos litúrgicos. O caixão será lacrado às 15h (horário de Brasília), com uma série de cerimônias litúrgicas previstas até o enterro.
Papa escolheu cerimônia mais simples e sepultamento fora da cripta
Fiel à sua postura de simplicidade, Francisco solicitou mudanças no velório e no sepultamento. Seu caixão é feito de madeira com revestimento de zinco, diferente das três urnas usadas por papas anteriores. Ele também decidiu ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não na tradicional cripta da Basílica de São Pedro. O ritual de despedida segue com a celebração dos “novemdiales”, nove dias de luto e orações após a morte de um pontífice.