Protocolo do CBMSC para autistas completa um ano com 459 atendimentos

Foto: Divulgação/CBMSC

Pioneiro no país, o Protocolo Operacional Padrão para Atendimento Pré-Hospitalar (APH) personalizado para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) completou um ano neste 2 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Durante esse período, foram registrados 459 atendimentos a pessoas com TEA em diversas situações de emergência.

Protocolo garante atendimento mais humanizado

A criação do protocolo contou com a parceria do Laboratório de Pesquisa em Autismo e Neurodesenvolvimento da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). Essa colaboração garantiu que os atendimentos fossem realizados com mais sensibilidade e adequação às necessidades específicas de crianças e adultos com TEA.

“O protocolo trouxe um atendimento mais sensível, adequado a esses pacientes e, além de melhorar a qualidade do nosso serviço, trouxe mais segurança para os bombeiros”, destacou o tenente-coronel Henrique Piovezan da Silveira, presidente da Coordenadoria de Atendimento Pré-Hospitalar do CBMSC.

Principais ocorrências atendidas no primeiro ano

Desde sua implementação, o protocolo foi acionado em 459 atendimentos, incluindo emergências médicas e ações preventivas. Entre as principais ocorrências, destacam-se:

  • 66 casos de convulsão

  • 58 registros de queda

  • 43 episódios de desmaio

  • 40 atendimentos de emergências psiquiátricas

Além disso, o protocolo foi utilizado em 16 ocorrências de busca e salvamento, nove ações preventivas, três apoios e duas classificações diversas.

Estratégias para reduzir crises durante o socorro

O objetivo do protocolo é preparar os socorristas para atender pessoas com TEA de forma mais humanizada, evitando fatores que possam desencadear crises.

Uma das principais estratégias adotadas é o desligamento das luzes e sirenes da viatura cerca de 500 metros antes da chegada ao local. Isso reduz o estresse do paciente e evita agravamentos da situação.

Protocolo pode servir de modelo para outros estados

Com os resultados positivos, o protocolo catarinense pode se tornar referência para outras instituições e estados. A iniciativa não apenas melhora o atendimento emergencial, mas também reforça a inclusão e acessibilidade para pessoas com TEA em situações de urgência.