Impacto financeiro preocupa empresários
A FACISC argumenta que a criação de 18 novas vagas representaria um acréscimo de pelo menos R$ 33 milhões anuais aos cofres públicos, considerando os gastos com cotas parlamentares, verbas de gabinete, auxílio-moradia e remuneração dos deputados. Atualmente, o salário de um deputado federal gira em torno de R$ 44 mil, sem contar os benefícios adicionais.
🗣️ “O momento deve ser de discussão sobre eficiência nos gastos públicos, e não de aumento das despesas”, afirmou o presidente da FACISC, Elson Otto.
Mudança na distribuição das bancadas
A decisão do STF obriga a Câmara dos Deputados a atualizar a quantidade de cadeiras de cada estado com base no novo Censo. Isso significa que algumas unidades da federação ganharão mais representantes, enquanto outras perderão. Em Santa Catarina, por exemplo, o número de deputados subiria de 16 para 20 devido ao crescimento populacional do estado nos últimos anos.
Confira as mudanças em alguns estados:
- Amazonas: de 8 para 10 deputados
- Pará: de 17 para 21 deputados
- Santa Catarina: de 16 para 20 deputados
- Rio de Janeiro: de 46 para 42 deputados
- Rio Grande do Sul: de 31 para 29 deputados
SC defende redistribuição sem aumento de cadeiras
Embora reconheça a necessidade de revisão na proporcionalidade, a FACISC defende que a redistribuição de vagas ocorra dentro do limite atual de 513 deputados. A entidade argumenta que, se o aumento ocorrer agora para compensar perdas, nada impedirá que novos acréscimos sejam feitos no futuro.
🗣️ “Não faz sentido criar mais cargos para compensar estados que perderam representação. Isso não resolve o problema, apenas aumenta os gastos públicos”, disse Marco Antonio Corsini, diretor de Articulação Estratégica da FACISC.
O tema ainda será debatido na Câmara dos Deputados e pode enfrentar resistência tanto de setores políticos quanto da sociedade civil.