Naturismo exclusivo na faixa de areia
O projeto, de autoria dos vereadores Carla Ayres (PT) e Dinho (União Brasil), estabelece regras específicas para o naturismo:
- Área delimitada: A prática será permitida apenas na extensão da areia, excluindo trilhas, pedras e arbustos.
- Sinalização adequada: Espaços destinados ao naturismo serão identificados com placas nos acessos públicos.
- Gestão compartilhada: Será necessário um plano de manejo em parceria com entidades ligadas à Federação Brasileira de Naturismo.
Além disso, a proposta ressalta que a segurança no local não será atribuída exclusivamente aos guarda-vidas, mas ao poder público, para prevenir abusos e conflitos.
Polêmica e histórico da Praia da Galheta
Localizada na região leste da Ilha de Santa Catarina, a Galheta é um ponto turístico que atrai naturistas há mais de 40 anos. Mesmo sem uma permissão legal vigente, a prática de nudismo segue acontecendo.
O espaço, no entanto, enfrenta desafios como:
- Incêndios e casos de violência: Ocorrências recentes aumentaram a preocupação com a segurança.
- Desinformação sobre o naturismo: Segundo uma audiência pública realizada em abril, problemas no local não decorrem da prática naturista, mas de deturpações como atos sexuais ou assédios.
Retomada do naturismo enfrenta resistência
A legislação vigente, aprovada em 2016, transformou a Galheta em um Monumento Natural Municipal, revogando a permissão para o naturismo. A nova proposta busca corrigir isso, mas enfrenta resistência de grupos contrários, incluindo alguns moradores e visitantes.
Os debates devem se intensificar a partir de fevereiro de 2025, quando o projeto volta à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para tramitação.