Produção industrial fica estável em janeiro após quedas seguidas

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul

A produção industrial brasileira manteve-se estável em janeiro, interrompendo uma sequência de três meses de retração. O dado, divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica uma variação nula em relação a dezembro. No acumulado de 12 meses, a indústria registra crescimento de 2,9%.

Desempenho do setor industrial

Embora a produção tenha ficado estagnada em janeiro, o setor industrial ainda opera 15,6% abaixo do pico histórico, alcançado em maio de 2011. Em comparação com janeiro do ano passado, houve um crescimento de 1,4%, sendo a oitava alta consecutiva nessa base de comparação.

  • Evolução recente da produção industrial:
    • Outubro: -0,2%
    • Novembro: -0,7%
    • Dezembro: -0,3%
    • Janeiro: 0%

A última vez que a indústria nacional ficou quatro meses seguidos sem crescimento foi entre setembro e dezembro de 2015, quando acumulou uma queda de 5,6%.

Setores que impulsionaram o crescimento

Apesar da estabilidade geral, três das quatro grandes categorias econômicas apresentaram avanço na produção:

  • Bens de capital (máquinas e equipamentos): +1,5%
  • Bens de consumo duráveis: +4,4%
  • Bens de consumo semiduráveis e não duráveis: +3,1%

Além disso, 18 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram crescimento, com destaque para:

  • Máquinas e equipamentos: +6,9%
  • Veículos automotores, reboques e carrocerias: +3%
  • Produtos de borracha e material plástico: +3,7%
  • Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados: +9,3%
  • Produtos farmoquímicos e farmacêuticos: +4,8%
  • Móveis: +6,8%

O crescimento nesses segmentos foi impulsionado pelo retorno da produção após as férias coletivas de fim de ano.

Setores em queda

Seis segmentos industriais apresentaram retração em janeiro, com destaque para as indústrias extrativas, que recuaram 2,4%, interrompendo dois meses de crescimento. A queda foi influenciada por paralisações em plataformas de petróleo e oscilações na produção de minérios de ferro.

Segundo o IBGE, o desempenho negativo desses setores reflete ajustes internos e oscilações nos preços de commodities.