Portal italiano acusa Tubarão e outras cidades de extorsão envolvendo adoções e relações entre brasileiros e italianos

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul

Uma matéria publicada por um portal italiano gerou grande repercussão ao levantar acusações graves sobre um suposto esquema de extorsão envolvendo adoções e relações entre brasileiros e italianos no Sul de Santa Catarina. O conteúdo mencionou cidades como Tubarão, Pedras Grandes e Treze de Maio, além de citar nomes de autoridades locais, como médicos, advogados e religiosos. No entanto, as autoridades citadas prontamente desmentiram as alegações, classificando-as como fake news.

Acusações infundadas sobre adoções e extorsão

A reportagem italiana alegava que mulheres em cidades da região estariam sendo engravidadas e usadas para extorquir cidadãos italianos, sugerindo uma rede de exploração com conotação política e institucional. O texto ainda insinuava envolvimento de autoridades locais, incluindo médicos, advogados e até membros da Igreja, o que gerou indignação entre os citados.

O caso ganhou ainda mais proporção quando as informações começaram a circular em veículos de comunicação na Itália, chegando até mesmo a ser noticiadas na televisão. Diante disso, Filippi afirmou que já tomou providências para esclarecer a situação, acionando a Embaixada Italiana no Brasil e o Ministério das Relações Exteriores.

Defesa da imagem do município

O prefeito de Pedras Grandes, Agnaldo Filippi, foi um dos primeiros a se manifestar, classificando a reportagem como uma tentativa de prejudicar as relações entre Brasil e Itália. Ele enfatizou que a matéria foi divulgada por veículos fora da Itália, provavelmente para escapar das leis locais, e ressaltou que as acusações não passam de uma história fantasiosa e ofensiva, especialmente para as famílias descendentes de italianos. Filippi também indicou que o advogado italiano por trás das denúncias teria interesses pessoais, motivados por um processo judicial de paternidade no Brasil.

Além do prefeito, o padre Nivaldo Ceron, citado na matéria, negou qualquer envolvimento em atividades ilícitas, chamando as acusações de mentirosas e criminosas. Ele destacou sua longa trajetória à frente de uma entidade de saúde respeitada no estado e informou que tomaria medidas legais contra os responsáveis pela disseminação da notícia falsa.