Praia de Florianópolis é a mais poluída por microplásticos no Brasil

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul Digital

Divulgado em setembro de 2024, o estudo da ONG Sea Shepherd Brasil, em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP, revelou que a Praia do Pântano do Sul, localizada ao sul da Ilha de Santa Catarina, é a mais poluída por microplásticos no Brasil. Estas partículas de plástico, com até 5 milímetros, são consumidas por animais marinhos e representam uma grave ameaça ambiental.

A pesquisa percorreu 7 mil quilômetros ao longo de 16 meses, analisando 306 praias em 201 municípios. Além disso, Florianópolis aparece também em terceiro lugar com a Praia do Rizzo, localizada na região continental da cidade, entre as mais poluídas por microplásticos.

Impactos ambientais e principais resultados

A poluição por microplásticos impacta diretamente a vida marinha, pois essas partículas entram na cadeia alimentar. O estudo também revela que:

  1. 100% das praias analisadas no Brasil contêm resíduos plásticos.
  2. 97% dos locais analisados apresentaram microplásticos.
  3. 61% dos plásticos encontrados são itens descartáveis, como tampas de garrafas.
  4. Bitucas de cigarro foram o macrorresíduo mais encontrado.

Apesar dos altos índices de poluição, a Praia do Pântano do Sul continua própria para banho, de acordo com o Instituto do Meio Ambiente (IMA), que realizou análises recentes entre abril e maio deste ano.

Comparação com outras praias

A pesquisa também destacou as praias com maior densidade de macroplásticos e microplásticos no Brasil:

  • Pântano do Sul (SC): 144.1667 microplásticos por metro quadrado.
  • Mongaguá (SP): 83.000 microplásticos por metro quadrado.
  • Praia do Rizzo (SC): 78.6667 microplásticos por metro quadrado.

Além disso, a Praia do Pântano do Sul lidera no acúmulo de macrorresíduos plásticos, com 17,04 por metro quadrado, seguida pela Praia das Vacas, em São Vicente (SP).

O que diz a Prefeitura de Florianópolis

A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, afirmou que os microplásticos presentes nas praias não são necessariamente resultado de poluição local, mas sim transportados por correntes oceânicas de outras regiões do mundo. A praia continua própria para banho, segundo o monitoramento do IMA.