A Crase (II)

Olá! Leitor Notisul! Tudo bem?
Na semana passada, apresentei algumas dicas a respeito de quando se deve (e não) usar a Crase. Com isso, recebi mensagens de leitores solicitando o esclarecimento de dúvidas. Assim, darei continuidade na coluna desta semana, com mais dicas. Aproveite!

Regra Geral:
A Crase ocorre quando:
a) O termo antecedente exigir a preposição a;
b) O termo subsequente aceitar o artigo a.
Assim, para se certificar se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar a seguinte dica:
Se for possível empregar a combinação ‘da’ antes da palavra, indica que ela aceita o artigo. No entanto, se empregar apenas a preposição ‘de’, evidencia-se de que não aceita.
Exemplos:
a) Vim da América do Norte. (aceita)
b) Vim de Roma (não aceita)
Ocorrências em que o uso da Crase é opcional:
1) Antes dos pronomes possessivos femininos: minha, tua, nossa, dentre outros.
Exemplos:
a) Eu devo desculpas à minha mãe sogra.
ou
b) Eu devo desculpas a minha mãe sogra.
Observações:
1. Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, com isso, a Crase: dona, senhora e senhorita.
2. Há crase antes dos pronomes que aceitem o artigo: mesma, própria, por exemplo.

O uso da Crase não ocorre nas seguintes situações:
a) Antes dos nomes de cidade.
Exemplo: Cheguei a Concórdia.
b) Antes de pronomes de tratamento
Exemplo: Dirijo-me a Vossa Excelência.
c) Antes de verbo.
Exemplo: Estou disposto a falar.
d) Quando um a (no singular) vem antes de um nome plural.
Exemplo: Comentei a pessoas vizinhas.
e) Antes de pronomes em geral.
Exemplo: Eu me direcionei a esta rua.
Importante!
Haverá crase se estiver no plural:
Exemplo: Comentei às pessoas vizinhas.
f) Crase antes do que.
Em geral, não ocorre crase antes do que.
Exemplo: Essa é a casa a que me referi.
Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma crase da preposição a com o pronome demonstrativo a (equivalente a aquela).

Até a próxima semana e fique com Deus!
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