Início Colunistas Rafael Andrade Por que Laguna não decola?

Por que Laguna não decola?

Apergunta é bem complexa, talvez por isso muita gente não consegue responder. Entra governo, sai governo, e o que mais ouço de amigos, colegas jornalistas, políticos, empresários e moradores da linda Laguna, é esta indagação, que cisma em não ir embora e parece uma pulguinha chata que criou imunidade à cidade. Uma praguinha que segue viva muito antes dos tempos da gloriosa Ana Maria de Jesus Ribeiro, que a maioria só conhece por Anita.

Para uma avaliação mais aprofundada, na tentativa de explicação do porquê um município com tanto potencial (em dezenas de áreas) não consegue se tornar um titã efetivo no Sul do Estado e, consequentemente, em toda Santa Catarina, seria preciso uma dissertação de mestrado, mas vamos lá, vou tentar equacionar de maneira prática… Laguna é a cidade mais antiga das 45 do Sul catarinense, ou seja, é a mãe de todos. Desde que foi perdendo esses municípios, demorava a se reerguer, e isto ocorreu com cada um ao longo dos 342 anos de tantas histórias. Ok, entendo quando há uma dispersão tamanha como esta, a última ocorreu com o então distrito de Pescaria Brava, em 2013. Mas agora acabou. Sim, acabou mesmo, pois as regras mudaram, ficaram muito mais rígidas para que os chamados distritos possam se emancipar política e administrativamente. É preciso ter um número considerável de habitantes, dez mil ou mais e um projeto autossustentável bem amplo, entre outras reivindicações. 

Certo, vamos ainda ficar no campo da história e geografia. É notório é o território de Laguna é muito amplo, tão disperso que, no verão, cortando ponta à ponta a cidade: do Distrito de Ribeirão até o Morro do Céu, no Farol de Santa Marta, a ‘viagem’, de carro, pode demorar até três horas, devido aos incessantes congestionamentos e à maçuda fila da balsa. Cheguei onde queria… Há muitas décadas já era para existir uma ponte ligando a região da ilha ao continente. Além do que, esta travessia, além de supermorosa na alta temporada, é extremamente cara para que o direito de ir e vir seja garantido. Sobre os congestionamentos, Laguna tem uma entrada (mais ou menos descente), no trevo do seu principal acesso, e só. A Marronzinho, apesar de moderna e com duas pistas, para tudo até chegar no Mar Grosso, a Calistrato Müller é esburacada e estreita. Não há corredor de ônibus. Enfim, não há estrutura viária adequada, este é um dos principais problemas. 

Outra situação é a falta de indústria. Enquanto a vizinha, Imbituba, cresce de maneira desenfreada, muito devido ao porto, pela terrinha de Anita faltam grandes fábricas, que impulsionam e muito a economia. As promessas são tantas que o povo ficou iludido, esperando a energia dos ventos, a cooperativa do butiá, um porto pesqueiro que realmente tenha gelo e que possa contar com um calado à altura de sua estrutura, que deixe de ser federativo e passe de uma vez à iniciativa privada (mas ainda querem estadualizar – o que mudará pouquíssima coisa com a atual situação). Para finalizar, pois meu espaço de hoje acabou, está faltando até remédio nos postos, nem uma farmácia de distribuição de medicamentos especiais tem. Aí complica! 

Perda no esporte, na política, no empresariado
A deputada federal Geovania de Sá (PSDB) passou por Tubarão neste fim de semana. Ela foi dar as boas-vindas ao novo presidente do partido na cidade, Marcos Brunato Rodrigues, à nova executiva e agradecer ao Carlos Stüpp por todo o seu empenho pelo partido. O evento também contou com a presença do presidente estadual da sigla, Marco Tebaldi, e da presidente da ala feminina catarinense, Luzia Coppi.

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