“Queremos uma ‘Rebelião’ por Santa Catarina”

Tubarão

Nove candidatos disputam o governo do Estado nas urnas no próximo dia 7. Além deles, outros nove pleiteiam a missão de vice-governador. Este cargo tem uma função estratégica à administração pública, substituindo imediatamente o titular em caso de eventual ausência do governador, e o representando em missões designadas pelo chefe do Executivo.

O morador de Criciúma,  Ederson da Silva, 37 anos, é um dos candidatos ao cargo de Vice-governador em Santa Catarina pelo PSTU. Ele que nasceu em São Joaquim e há alguns anos reside e trabalha na Cidade Carbonífera como professor de filosofia, em entrevista ao Notisul, expôs o que almeja com a sua participação no pleito eleitoral de 2018.

“Queremos uma ‘Rebelião por Santa Catarina’, nela acreditamos que só uma revolução socialista é que mudará todo esse sistema que vivemos hoje. Na atual situação política que estamos não adianta reformar o sistema capitalista, que é homofóbico, racista e machista. Só uma rebelião do conjunto da classe trabalhadora para derrubar aqueles que estão lá em cima, é tudo aquilo que acreditamos. Essa rebelião é de ideias, mudanças e que nada tem proximidade com a violência”, pondera.

Além de professor, Ederson milita nos movimentos sociais da causa negra. Segundo ele, uma de suas tarefas é dizer que, por exemplo, que o racismo não é ‘mimimi’. “O racismo  existe sim, e está aí todos os dias. É impossível eu dizer que não há machismo se não sou mulher e muito dificilmente alguém vai dizer que o racismo não existe , se a pessoa não for negro. O ‘mimimi’  está do outro lado, do indivíduo que quer velar esta forma de preconceito que ocorre todos os dias”, explica.

De acordo com o candidato, a candidatura do PSTU é bem representativa, porque engloba de um modo geral, a mulher, o negro, o indígena e com isso quebra o paradigma da velha política. “ O Estado nos últimos anos está com as mesmas figuras na política, elas só trocam de cadeira, ora estão na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal, no Senado e no Governo. A sociedade catarinense está saturada disso, cansada de promessas e mais promessas. Temos uma candidatura pleiteando uma vaga ao senado, mas uma das pautas que defendemos é o fim do senado. Acreditamos nisso, porque de nada serve essa função”, finaliza.