“Morte de Genivaldo é ato isolado”, diz ministro da justiça

#ParaTodosVerem Na foto, o ministro da justiça e segurança pública, Anderson Torres, em sabatinada na Câmara dos Deputados
Anderson Torres afirmou que a investigação policial está em “fase avançada”, e que a ação dos agentes não representa a Polícia Rodoviária Federal - Foto: Elaine Menke | Câmara dos Deputados | Divulgação

O ministro da justiça e segurança pública, Anderson Torres, destacou o trabalho da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na audiência na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, na tarde deste quarta-feira (15), na Câmara dos Deputados. Torres foi convidado para responder questões relativas ao caso de Genivaldo de Jesus Santos, morto por policiais rodoviários federais durante uma abordagem na cidade de Umbaúba, no Sergipe, no último dia 25 de maio. O ministro assegurou que o episódio que culminou na morte de Genivaldo foi um caso isolado e classificou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) como “uma das melhores instituições do mundo”.

“Tenho toda a certeza que esse ato foi um ato isolado, não condiz com a realidade da Polícia Rodoviária Federal e estamos diante, hoje, com toda certeza, de uma das melhores instituições do mundo, a PRF. Os números são impressionantes, têm ajudado na diminuição dos crimes e ajudado muito a sociedade brasileira a ter dias um pouco melhores diante do problema grave de segurança pública que o país vive”, proferiu Torres, ao destacar dados de apreensões de drogas e abordagens nos últimos anos. Imagens veiculadas na internet mostraram a vítima presa dentro de uma viatura cheia de fumaça. Genivaldo se debate com as pernas para fora enquanto um policial rodoviário mantém a tampa do porta-malas abaixada, impedindo o homem de sair. Segundo o Instituto Médico Legal (IML) do Sergipe, ele morreu de insuficiência aguda secundária a asfixia. Genilvado teria sido parado pelos agentes por trafegar de moto sem capacete.

Também presente à sessão, o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, garantiu que esse tipo de procedimento não é ensinado pela corporação. “O que ocorreu em Sergipe nunca foi ensinado em nenhuma escola da Polícia Rodoviária Federal, na nossa universidade. Em nenhum curso da instituição ocorreu algum tipo de orientação para aquele procedimento e a instituição entende que aquele fato é grave e vai trabalhar para a devida apuração”, garantiu. Vasques também confirmou que os policiais seguem afastados e em casa, mas atendendo à corregedoria da PRF e às investigações da Polícia Federal. Os deputados questionaram o porquê os agentes não estão presos, o ministro citou uma decisão da Justiça Federal em Sergipe, que negou o pedido de prisão dos policiais.

O deputado Túlio Gadelha (Rede-PE) perguntou porque o presidente Jair Bolsonaro não é autuado quando não usa capacete nas “motociatas” das quais participa. Torres afirmou que a segurança do presidente da República e sua conduta quando participa de eventos, não cabem à PRF. “Existem leis específicas que regulamentam a segurança do presidente e essas leis remetem a segurança à Presidência da República. Então, não cabe a mim e nem à Polícia Rodoviária Federal. Não é prevaricação. É uma lei específica sobre a segurança e a participação do presidente em eventos públicos ou privados, sejam eles de qualquer natureza. Não é atribuição da Polícia Rodoviária Federal dizer ao presidente como ele vai e de que forma ele vai ou não vai”, rechaçou.

Fonte: Agência Brasil
Edição: Zahyra Mattar | Notisul

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