Tono Laureano (MDB) tem mandato cassado por unanimidade

Laguna

Antônio César da Silva Laureano, o Tono, (MDB), teve o mandato cassado na noite desta segunda (29), em sessão extraordinária da Câmara de Vereadores de Laguna. Os parlamentares aprovaram por unanimidade os três pontos do relatório elaborado pela comissão processante, criada após apresentação de denúncias desfavoráveis ao emedebista, que foi eleito em 2016, com 803 votos.

Além da cadeira no legislativo, Laureano perde os direitos políticos por oito anos, fica inelegível para cargos eletivos. Ele está preso desde novembro de 2017, por causa da operação Seival, deflagrada em Laguna.

A cassação, implicará imediatamente na posse em definitiva da primeira suplente do (MDB), Nádia Tasso Lima. Ela ocupa a cadeira que pertencia ao, agora, ex-vereador desde o pedido de licença dele em novembro do ano passado. Segundo a assessoria jurídica da casa, ao término do processo, é feita a comunicação à Justiça Eleitoral, que fará a expedição de diploma de vereador ao suplente e a partir de então, seguem os ritos de empossamento.

Em 22 de novembro do ano passado, a Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic), em conjunto com o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), deflagraram a operação Seival em Laguna, para investigar corrupção, fraudes em licitações e outros crimes contra a administração pública na cidade. À época foram cumpridos 76 ordens judiciais, sete prisões preventivas, seis temporárias, 25 mandados de condução coercitiva e 38 mandados de busca e apreensão.

Laureano e seu filho, Michel Laureano, foram presos junto com outras onze pessoas, incluindo o chefe de gabinete da prefeitura de Laguna. Documentos do governo de Imaruí também haviam sido apreendidos na ocasião.

A operação teve início a partir de denúncias de que haveria beneficiamento de grupos ligados à agentes políticos influentes em Laguna. As investigações analisaram licitações, contratos, entre outros fatos. As denúncias do MP-SC foram remetidas à Câmara e apresentadas em plenário pelo vereador Roberto Alves. Aprovada pelos legisladores, uma comissão processante foi instaurada para averiguar os fatos e apresentar relatório que poderia ou não cassar o mandato de Laureano.