Deputado Salum (PRB) diz que não debate com mulher e provoca reações na bancada feminina da Alesc

A Bancada do Partido dos Trabalhadores da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) repudiou, a declaração machista do deputado Roberto Salum (PRB) que, após provocar a deputada Ana Paula Lima com críticas ao PT, disse que não debate com mulher e que preferia fazê-lo com o seu marido, o deputado federal Décio Lima.

“Não preciso de homem nenhum para me defender e quem não discute comigo é porque não tem argumento. Cheguei aqui com o voto de homens e mulheres e faço a defesa dos trabalhadores e trabalhadoras e do povo de Santa Catarina”, afirmou Ana Paula.

Em pauta, estava a discussão sobre a desativação das Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs). “Seja homem o suficiente para votar pela extinção destas estruturas, que é um projeto de minha autoria”, disse a deputada, em referência ao PL 0221.1/2017 apresentado por ela no ano passado e que está parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O deputado Dirceu Dresch, líder da Bancada do PT/SC, se solidarizou à deputada Ana Paula e a todas as mulheres catarinenses e disse que quer discutir ideias, políticas e não descer ao piso como fez o deputado Roberto Salum. “Respeito as mulheres deputadas da Alesc. Na Bancada do PT, dos cinco deputados, duas são mulheres com capacidade extraordinária de debate, de apresentação de propostas e projeto”, afirmou.

Contraponto

Já Roberto Salum (PRB) rejeitou a imputação de machista que lhe foi atribuída. “Ser chamado de machista pela deputada foi um crime de injúria”, disse ele. “Quando eu falei que não discutia com mulher é porque a senhora corre. Talvez fosse melhor o marido porque ele não corre e tem mais experiência”, acrescentou. Salum garantiu que não tem preconceito de gênero e que em 49 anos de atuação na imprensa nunca foi processado por injúria. “Eu não falo em gênero. Eu jamais criticaria a mãe da milha filha e a minha filha. Elas são exemplo das mulheres verdadeiras do Brasil”, comparou.