Pesquisa aponta crescimento de cursos de especialização médica a distância no Brasil

Foto: Agência Brasil - Divulgação: Notisul Digital
A pesquisa Demografia Médica no Brasil 2025, divulgada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), revela um aumento significativo na oferta de cursos de especialização médica na modalidade a distância. O estudo antecipado mostra que 41,2% dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu (PGLS) são totalmente online, enquanto 11,1% são semipresenciais. A íntegra da pesquisa será publicada apenas em 2025.

Cursos EAD dominam a oferta de especialização médica

  • Percentual de cursos EAD: 41,2%
  • Cursos semipresenciais: 11,1%
  • Duração dos cursos: EAD (9,7 meses), presencial (15,4 meses), semipresenciais (13,9 meses)

Os dados indicam que os cursos a distância são, em média, mais curtos do que os presenciais e semipresenciais. A maioria dos cursos EAD está concentrada em instituições privadas (90%) e no Sudeste do Brasil (60%).

Preocupações com a qualidade da formação

A pesquisa destaca uma preocupação com a qualidade da formação oferecida pelos cursos EAD, que muitas vezes são vistos como menos rigorosos em comparação com a residência médica, que é a forma tradicional de se especializar no Brasil. A oferta crescente desses cursos pode estar relacionada a práticas predatórias que induzem o erro tanto em profissionais quanto na população.

Impacto no Sistema Único de Saúde (SUS)

A maior oferta de cursos a distância está alinhada com áreas mais rentáveis, como estética e emagrecimento, e menos com áreas críticas como a saúde mental. O estudo sugere a necessidade de investir mais na Residência Médica em Psiquiatria e aumentar as vagas e bolsas disponíveis, dado o grande problema de saúde pública nessa área.

Fonte: Agência Brasil