Paulo Eli atualiza o sonho municipalista do MDB mesmo fora da sigla desde 2019

E pensar que, pela primeira vez em mais de 20 anos, o auditor fiscal e secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, vai faltar à convenção do MDB deste sábado. Que tempos! Em 2002, o estrategista Paulo Eli escreveu o Plano 15 para a disputa que deu vitória de virada ao governador Luiz Henrique da Silveira e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Santa Catarina. Em 2006, escreveu o Programa Pró-Emprego que permitiu ao Estado vencer a guerra fiscal e desenvolver o invejável complexo logístico dos cinco portos.

Paulo Eli também é o autor do Plano 1000, programa que vai investir R$ 1 mil para cada catarinense, no local onde ele mora. Serão R$ 7,3 bilhões em cinco anos com critério nítido de compartilhamento: municípios onde moram 5 mil habitantes, terão R$ 5 milhões, os que têm 500 mil, terão R$ 500 milhões.

É a prática municipalista e de descentralização de recursos. Mas se perguntar ao secretário da Fazenda se é o mesmo sonho municipalista do antigo MDB ele responde: “Sim e não.” Sim, porque sua missão depois de 44 anos de serviço público continua sendo estruturar Santa Catarina para crescer com qualidade de vida. Não, porque para continuar secretário da Fazenda do governo Carlos Moisés (Republicanos), o MDB exigiu que ele se desfilasse. Ele diz que não ficou triste, apenas mais focado na missão.

Paulo Eli havia sido secretário de Administração e assumiu a Fazenda em fevereiro de 2018, na gestão Eduardo Pinho Moreira (MDB). Moisés, recém eleito, tornou-o o primeiro escolhido do novo governo, anunciando que ele seguiria no comando da Fazenda. Paulo Eli, então, escreveu e colocou em operação o Plano 1000. Talvez o apoio à reeleição passe pelo eco dos livretos, porque Paulo Eli pessoalmente não terá como defender a posição.

Largada antecipada

Gean Loureiro saiu na frente na montagem da chapa majoritária. Deixou a Prefeitura de Florianópolis em abril e, tão logo, foi autorizada a pré-campanha passou a viajar pelo Estado. O pré-candidato a governador aposta que, em eleição curta, como a de 2022, conta muito antecipar a movimentação. “Primeiro porque mostra união do time. Juntamos pessoas com experiência e que possuem pensamentos semelhantes. Não fizemos junção por imposição partidária”, comenta. As viagens resultam em postagens bem humoradas na rede social, como essa: o burguer de ontem é o abdominal de hoje.
Loureiro diz que “se as pessoas estão nas redes sociais, é nossa obrigação estar lá”. ele gosta de aprender e se dedica à comunicação, como um dos princípios mais importantes da liderança.

Palanque

A leitura no meio político concorrente, é que o ex-governador e senador Esperidião Amin (PP) precisa ser candidato ao governo do Estado para que o PP tenha condição de formar bancada estadual e federal.

Estado doente

O senador e pré-candidato a governador Jorginho Mello (PL) tem dito que “Santa Catarina está doente”. Segundo ele, o Estado tem 103 mil pessoas na fila de espera para cirurgia eletiva. “É um descaso com a população. Se está sobrando dinheiro, falta é gestão, vontade de fazer”, critica.

Na estrada

Raimundo Colombo (PSD) já percorreu mais de 10 mil quilômetros desde maio quando anunciou sua pré-candidatura ao Senado. No Oeste, Norte e Serra tem participado dos atos com os pré-candidatos ao governo Gean Loureiro (UB) e a vice Eron Giordani (PSD). “É em Brasília que o Brasil precisa fazer sua reconstrução, é lá que estão os nossos maiores desafios”, tem dito o ex-governador ao defender maior representatividade ao Estado, melhorias na infraestrutura e redução de impostos. Santa Catarina se orgulha de ser referência, mas não pode aceitar a visão de Brasília de que não precisa de nada.

Liderança

Líder em exportação de móveis de madeira no país, Santa Catarina alcançou US$ 166,3 milhões em vendas para o exterior no primeiro semestre de 2022, alta de 4,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. A análise é do Observatório Fiesc. O resultado positivo vem na contramão da média nacional, já que Rio Grande do Sul e Paraná, por exemplo, tiveram retração de 12% e 19,5%, respectivamente. De acordo com o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, o desempenho consolida a tradição da indústria catarinense que vende móveis para Estados Unidos, Reino Unido e França. Móveis para quarto de dormir são os mais vendidos.

Segundo maior

Santa Catarina colheu 1,25 milhão de toneladas de arroz na safra 2021/22, volume 0,25% maior do que no ciclo agrícola anterior. A produtividade média das lavouras ficou em 8,48 toneladas por hectare. Assim, o Estado se firma como líder nacional em produtividade e segundo maior produtor de arroz do país. Glaucia de Almeida Padrão, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, explica que a boa sanidade das lavouras, sem problemas severos de pragas ou doenças, e as condições climáticas adequadas, foram alguns dos fatores que colaboraram para o bom resultado. Além do investimento dos rizicultores em tecnologia. Araranguá foi o maior produtor nesta safra, mas o destaque em produtividade ficou com a região do Alto Vale do Itajaí.

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