Pelo Estado: De quem é a culpa de tanta violência?

Foto: Bruno Peres - Divulgação: Notisul Digital

O dito popular que diz que violência gera violência não poderia ser mais válido como neste caso do “homem-bomba” do STF, que teve sua casa incendiada, supostamente, por sua ex-companheira, que acabou sendo atingida pelo fogo e está em estado grave no hospital. E que fez o que fez por estar inflamado pela violência pregada na política nos últimos anos,

Vivemos uma polarização política que está ficando fora de controle e quem deveria pregar a paz, tentar amenizar os ânimos exacerbados da população, acaba se omitindo e deixando a “coisa correr”. Não é bem assim.

Desde segunda, 20, os olhos do mundo estão voltados para o Rio de Janeiro. É que começou a Cúpula de Líderes do G20, grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana, onde o Brasil passará a presidência do grupo para a África do Sul. Ao todo, 19 chefes de Estado e de Governo estão na cidade para debaterem um documento que chegue a um consenso entre os três eixos que marcaram a presidência brasileira no G20 ao longo de um ano. A única ausência será a do presidente russo, Vladimir Putin, que será representado pelo ministro das Relações Exteriores do país, Sergei Lavrov. O primeiro eixo da presidência brasileira no G20 é o combate à fome, à pobreza e à desigualdade. O segundo é o desenvolvimento sustentável, o enfrentamento às mudanças climáticas e a transição energética. O terceiro eixo é a reforma da governança global para resolver conflitos.

Um forte esquema de segurança foi armado para garantir que nada acontecerá a nenhum dos presentes no evento. Mas e se algo parecido com o que aconteceu em Brasília acontece em meio a tantas personalidades políticas ou pior, se algum deles é atingido? A quem se pode culpar? Fica difícil apontar um responsável quando todos são causadores de uma tragédia. Não foi o Tiü França, de Rio do Sul, não foi Lula ou Bolsonaro, mas todos que de certa forma alimentam uma rivalidade política sem priorizar o que realmente é importante para todos, que é o desenvolvimento do país. Se não está bom, que tentemos fazer melhor nas próximas eleições. Jogar bomba ou invadir o Supremo não é solução. Afinal, ainda estamos em uma democracia.

Troca de comando na Agricultura

Tudo indica que, ainda esta semana, Jorginho Mello dará início às transições acordadas com o MDB, nomeando o deputado Antídio Lunelli para a Secretaria de Agricultura, no lugar de Valdir Colatto (PL). A substituição faz parte do pacote de negociações que o governador firmou com o partido, para garantir o apoio para sua reeleição.

A informação foi passada pelo próprio Jorginho durante a Schützenfest, no último final de semana, e reafirmada pelo próprio deputado, que ainda assegurou a ida de Carlos Chiodini ao governo. Em qual secretaria, ainda não se sabe, já que Beto Martins voltará a comandar a Secretaria de Portos e Aeroportos, pasta que havia sido cogitada para Chiodini inicialmente.

Honoris Causa

A UniSul celebrou seu 60º aniversário com uma cerimônia especial nesta segunda-feira, 18, no campus de Tubarão, onde concedeu o título de doutor honoris causa a Grégoire Ahongbonon, ativista beninense que dedica sua vida à saúde mental na África Ocidental; Dra. Irmã Monique Bourget, missionária e médica canadense que desenvolveu equipes de saúde da família no Brasil; Professor Walter Leal, especialista em sustentabilidade e mudanças climáticas com atuação na Europa; Dr. Marcos Ghizoni (in memoriam), neurocirurgião com contribuições pioneiras para a medicina; e Ricardo Cançado Gonçalves de Souza, executivo da Ânima Educação, que contribuiu no desenvolvimento estratégico da UniSul.

Além da cerimônia, a programação comemorativa inclui a campanha “6 décadas 6 toneladas” de arrecadação de alimentos e as edições finais dos festivais Rock Legends em Palhoça e Tubarão, reforçando os laços da universidade com a comunidade.

Vice-governadora no comando

O governador Jorginho Mello transmitiu o cargo à vice-governadora, Marilisa Boehm, no último domingo, 17. O ato foi realizado na Casa D´Agronômica, em Florianópolis. Ela substitui o governador do Estado, que vai para Santiago, capital chilena, participar do SC Day, ação criada pela FIESC para ampliar a relação comercial entre Santa Catarina e o Chile. Esta é a quarta vez que Marilisa assume o Governo. A primeira foi no início de dezembro de 2023. Em 17 de fevereiro de 2024 ela voltou a assumir o cargo por uma semana, enquanto o governador realizou uma missão oficial em Dubai, nos Emirados Árabes. No último mês de setembro ela trabalhou novamente como governadora em exercício durante a licença não remunerada de Jorginho.

Construção Civil

A Lightwall, empresa inovadora da construção civil, anunciou que pretende construir uma nova fábrica em Santa Catarina. Segundo a companhia, a unidade deve ter investimento de aproximadamente R$ 80 milhões, com geração de 80 empregos, e produzirá painéis pré-moldados para construção de edifícios, casas e empresas. A estimativa de investimento foi discutida em reunião na última semana, entre representantes da empresa e membros da Secretaria da Fazenda (SEF), da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviço (Sicos) e da SCPar. Segundo a empresa, a localização preferencial para a futura fábrica é o litoral norte do Estado. Assim, a empresa conseguiria atender o crescente mercado da construção civil em Santa Catarina, bem como empreendimentos no Paraná e no Rio Grande do Sul. A previsão da Lightwall é iniciar a produção em solo catarinense já em 2025.

Bolsonaro de volta

Aguardando deliberação do plenário do Senado, um projeto de lei do senador Weverton Rocha (PDT-MA), que altera a Lei da Ficha Limpa, gera divergência no Senado. O projeto prevê que o período de inelegibilidade permaneça em oito anos, mas que o prazo comece a contar a partir da condenação do político. Atualmente, o prazo conta depois do cumprimento da pena. A alteração diminuiria o período do político longe das urnas e beneficiaria diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em 2023, o ex-presidente se tornou inelegível por oito anos.

O texto já foi aprovado pela Câmara e pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.