Partidos miram nas cidades de olho nas eleições presidenciais

As eleições para as prefeituras que ocorrem em menos de um ano, em outubro de 2024, trazem um componente impactante: as eleições para a sucessão do presidente Lula, em 2026. Partidos como o PL, do governador Jorginho Mello, o Republicanos, do ex-governador Carlos Moisés e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o Partido Novo, do prefeito Adriano Silva, de Joinville, e do governador Romeu Zema, de Minas Gerais, além do PT.

Carlos Moisés, presidente estadual do Republicanos, e Adriano Silva, primeiro prefeito eleito pelo Novo e estrela do partido junto com o governador mineiro, em entrevistas na imprensa de Tubarão, afirmaram, categoricamente, que estão empenhados em garantir musculaturas aos partidos para dar palanque aos prováveis candidatos à eleição presidencial. Capilaridade nos municípios e força de trabalho, com vereadores e prefeitos, além de narrativas de soluções de problemas nas cidades, são, com certeza, material de campanha.

Pré-candidatura de Carlos Moisés movimenta política de Tubarão

O ex-governador Carlos Moisés (Republicanos) tem realizado reuniões e busca de apoios para uma possível candidatura à Prefeitura de Tubarão, em 2024. Com a saída traumática de Joares Ponticelli e Caio Tokarski do cenário eleitoral, por causa das acusações, ainda sem julgamento da Operação Mensageiro, realizada pelo Ministério Público, a cidade ficou órfã.

Carlos Moisés tem cacife eleitoral. Para governador amealhou um percentual invejável de votos na Cidade Azul: quase 50% dos votos no dia 2 de outubro de 2022, no primeiro turno das eleições. Foi uma votação de 27.681 votos. Moisés coloca as eleições municipais de Tubarão na mídia estadual e nacional. Talvez seja a única cidade catarinense com um ex-governador na disputa pelo cargo de prefeito.

Estêner Soratto e o PL

O deputado estadual Estêner Soratto da Silva Júnior (PL), hoje secretário da Casa Civil do governo Jorginho Mello, também ensaia a candidatura a prefeito da cidade de Tubarão. O nome de Soratto é forte e pode dar peso às eleições municipais, por alguns fatores: Soratto quer o apoio do governador que tem o desejo de eleger dezenas de prefeitos em 2024, além de centenas de vereadores pelo Estado.

Soratto tem as credenciais de secretário estadual (SDR de Tubarão), secretário municipal no governo do saudoso prefeito Manoel Bertoncini, vereador, deputado estadual, sem uma atuação na Alesc e secretário da Casa Civil. Além da memória de milhares de tubaronenses que ainda veneram o governo do pai dele, o ex-deputado federal e prefeito de Tubarão Estêner Soratto.

Empresários lembrados para a disputa

Quando as eleições se aproximam, os nomes de alguns empresários de Tubarão são trazido à baila pela imprensa local e nas rodas de conversas. É o caso do ex-vereador Dionísio Bressan, presidente da Copagro; de Sandro Maurício, da Prolincon; Deka May, que já foi vereador e secretário municipal; Luciano Menezes, da Florisa. O empresário Genésio Mendes, da GAM e do Farol Shopping, tubaronense ilustre, também é sempre lembrado.

Outros partidos se movimentam para a sucessão de Jairo Cascaes

O MDB, que elegeu apenas um vereador em 2020, tem pretensões e busca realinhar as fileiras para fazer mais vereadores e voltar a decidir na política local. Até agora se posiciona para oferecer candidato a vice-prefeito. Já o PSDB, que elegeu Carlos Stüpp por duas vezes e Manoel Bertoncini, pode ter no candidato a prefeito Marcos Brunato, busca fazer uma boa nominata na Câmara.

O PT, que já fez o prefeito Olávio Falchetti, e chegou a ter três vereadores de uma só vez, sonha em ter o empresário de volta à política, mas enfrenta resistências da família dele. Faltam opções viáveis ao partido do presidente Lula. O cardiologista Cristiano Ferreira, que fez boa votação em 2020, está sem partido e sem apetite para disputar o cargo. Lucas Esmeraldino, que foi vereador e teve votação expressiva ao Senado, perdeu apoio do partido e da família.

O prefeito Jairo Cascaes, que disputou a eleição indireta na Câmara, e toma gosto pelo cargo, pode enfrentar dificuldades dentro do PSD, caso queira buscar a reeleição. As costuras eleitorais que envolvem grandes caciques estaduais da sigla e que já se movimentam nos bastidores podem deixar o prefeito de uma das maiores cidades catarinenses sem espaço ou sem apoio.