Vivendo Nice e o Sul da França

Luiz Carlos Amorim
Escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA

Conhecer mais da França é uma experiência espetacular. É um país tradicional, culturalmente muito rico, e visitar suas cidades menores, além das suas metrópoles, nos possibilita ver uma França que os turistas não veem.

Estou passeando pelo Sul do país, quase na fronteira com a Itália, o que me proporciona conhecer cidadelas medievais em topos de montanhas, como Bairols e Saint Paul, assim como me possibilita visitar Cannes e até Mônaco, um dos menores países do mundo, situado no Sul da França. E me possibilita, também, conhecer cidades da Itália, como Vintemiglia.

Estivemos em Menton, no penúltimo domingo de fevereiro, para ver a Fête du Citron – Festa do Limão. Que coisa linda: um parque imenso todo cheio de figuras recobertas de limão e laranja: elefantes, palácios, dançarinas, um Buda, leões, etc., etc. E um desfile, com carros alegóricos também com figuras montadas com laranjas e limões. A cidade estava tomada de turistas e havia muitos, muitos italianos lá, porque Menton faz fronteira com a Itália.

A arquitetura antiga, com excelente manutenção, é uma atração à parte em Nice, mas a moderna também é muito interessante. Nice, na Côte D´Azur ou Riviera Francesa, onde estou hospedado, encravada à beira do Mediterrâneo é belíssima e é uma grande cidade. Nice tem elegância, história, tem até carnaval, que dura duas semanas, do meio até o fim de fevereiro, bom comércio, bons restaurantes e principalmente muito charme, o tal charme da Cote D’Azur.

A Colline du Chateau é considerada o local de nascimento de Nice, e ainda hoje é o melhor local para se ter uma bela e abrangente vista da cidade e arredores. Na verdade, não existe mais castelo, o que há são poucas ruinas, mas é muito agradável subir a colina para ver os jardins, cascatas e poder admirar toda Nice.

Apesar de ser bem grande, a cidade tem boa mobilidade: ônibus, trem, elétrico, facilitam a locomoção por toda Nice. Os modernos e rápidos bondes (ou elétricos) contrastam com os prédios em estilo clássico da cidade, muitos deles tombados como patrimônio histórico.

Apesar de estar aprendendo francês, não estou praticando muito, pois tenho dificuldade, ainda, em falar, mas entendo quase tudo.
É muito bom estar por aqui.