Trânsito no Dia D – parte II

Caro Maciel, guarda municipal.
Quero reiterar o que escrevi na missiva anterior, Dia D, e que talvez não tenha sido assimilada por você.
Nós, cidade de Tubarão, talvez sejamos uma das poucas que têm uma secretaria de segurança e trânsito para nortear os destinos dessas duas áreas no âmbito municipal. Temos também uma secretaria de planejamento e urbanismo, órgãos complementares que estudam o desenvolvimento da cidade.

Portanto, não estou aqui questionando o passado, pois vivemos o presente, e precisamos pensar no futuro. Se não há articulação entre esses órgãos, não será uma simples opinião que resolverá a situação. Talvez a incompetência seja fator reinante nesses domínios, trazendo os problemas ora relatados, e, fazendo com que nós tentemos resolvê-las.

Mas o que me referia, caro Maciel, é a falta de iniciativa da guarda municipal, assistindo a todo o espetáculo que estava acontecendo, sem ter ações que minimizassem o problema. Tanto acredito que seus superiores tenham se conscientizado do problema, que nos horários de “pico”, meio-dia, entardecer, vocês já foram designados a cuidar dos semáforos da Tubalcain Faraco, avenida Marcolino Cabral, minimizando os transtornos ocasionados pelo grande fluxo de veículos.

Parece que nos escondemos sob os problemas do passado e do presente, como o grande número de veículos, de ruas mal planejadas, motoristas despreparados pelo sistema atual de concessão da habilitação, de alagamentos, o excesso de chuvas, e esquecemos do foco principal da minha reclamação: a falta de iniciativa da guarda municipal. Provavelmente, seu superior deveria estar visualizando o problema, e, como grande estrategista, deveria ter destacado seus subordinados para os cruzamentos principais e, manualmente, fazer o fluxo andar melhor, ou outra estratégia melhor que minimizasse o problema.

Preocupa-me é o futuro de nossa cidade, se cada vez que temos problemas, colocamos a culpa no passado. Precisamos ser humildes, reconhecer nossas deficiências e procurar melhorar a cada dia, mesmo que para isso tenhamos que aceitar pequenas sugestões da comunidade. O que acontecerá quando a guarda municipal estiver armada? Estarão preparados para suportar as críticas e sugestões?

Não esqueça, Maciel, que seu papel como funcionário público é servir a comunidade e, para isso, você pode contribuir levando as sugestões aos seus superiores, pois estamos no ano de 2010, onde as relações patrão/empregado devem ser as mais abertas possíveis, contribuindo para o sucesso de toda organização. Acredito que, em momento algum, seus superiores tenham cerceado a iniciativa dos agentes de trânsito. Portanto, presumo que a falta de iniciativa tenha sido de vocês mesmos.
Sempre acreditando que o dever do verdadeiro cidadão é contribuir para o crescimento de toda sociedade é que escreverei sempre no sentido de melhorar a cidade que escolhi para viver e para meus filhos projetarem seu futuro.