Será que somos escravos de um mundo de tantas informações?

Eram poucas as atividades praticadas por escravos no mundo grego: o duro trabalho nas minas, o serviço doméstico, produção em grande escala de produtos da zona urbana e rural.

O trabalho escravo esteve sempre presente nas civilizações antigas. Estes eram estrangeiros adquiridos no mercado, prisioneiros de guerra, ou ainda pequenos proprietários que não conseguiam saldar suas dívidas, bem como toda sua família. Neste mesmo contexto, os filhos das mulheres escravas também eram considerados escravos.

E os escravos de origem grega, considerados menos dóceis, conseguiam fugir com maior facilidade, fazendo com que seus proprietários preferissem os bárbaros.
A pirataria era outra fonte de escravos, pois, em épocas conturbadas, os mesmos raptavam pessoas para vendê-las como mercadoria.

Muitos escravos, porém, acumulavam serviços para poder comprar sua própria liberdade (trabalhando como artesões, sofistas, homens de negócios, banqueiros entre outros).
Uma família rica não poderia ter mais que dez escravos para uso do serviço doméstico. Além do que, a maioria dos cidadãos possuía pequenas propriedades fundiárias, em média três a quatro hectares, trabalhando nas mesmas seus donos e familiares, ajudados por um pequeno número de escravos. Os grandes domínios rurais cultivados só por escravos existiam, com pouca numerosidade na época clássica.

A maioria dos escravos estava a serviço direto de seu proprietário (no caso de particulares), já que trabalhava por conta, pagava cotas fixas proporcionais aos seus ganhos, aos senhores; existiam também os que eram alugados (comerciantes, artesãos, especialistas em serviços domésticos), neste caso seus senhores recebiam salários equivalentes aos trabalhadores livres, ainda existiam diversos serviços pessoais (bailarinas, cortesãs…)
Existiam também os escravos do Estado, no qual trabalhavam na pavimentação das ruas, fabricação de moedas, guardas, burocratas, entre outros serviços impostos pelo Estado.

Em troca, recebiam diária em dinheiro para o seu sustento. Há necessidade de saber por que o escravismo tornou-se nas zonas mais desenvolvidas da Grécia o modo de produção básico.
No passado, foi pouco popular ligar essa idéia com a origem nas guerras. Houve grandes batalhas com muitos prisioneiros, isto é verdade, mas a possibilidade desse modo de produção liga-se ao progresso das relações mercantis do que a guerra.

Observando todas estas considerações, podemos nos perguntar se o trabalho escravo, aqui no Brasil, na época colonial, era dessa maneira. Eles recebiam algo em troca de sua mão-de-obra? Podemos colocar até que algo tem um fundo de ligação, pois os escravos do Brasil Colônia eram vendidos, ou trocados, na Grécia Antiga ocorria uma semelhança.

E para ir um pouco mais a fundo em nossa reflexão, paremos para pensar no Brasil hoje. Ainda existe o trabalho escravo? Será que somos escravos de nós mesmos?
Será que somos escravos do mundo de tantas informações? Estas e outras perguntas nos propiciam refletir e ver se nelas não há um pouco de razão. Será que vivemos ainda no modo de produção escravista?