Reflexão de Boa Vontade – O perigo das más conversações

José de Paiva Netto
jornalista, radialista e escritor
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

A dor lombar (lombalgia) é um sintoma muito comum e ocorre em todas as faixas etárias, para a maioria das pessoas com hábitos posturais, traumas, e desordens emocionais associadas.
Meditem sobre essa advertência do instrutor espiritual Cornélio, constante do livro Obreiros da Vida Eterna. Notem como é grave a responsabilidade de todos nós na preservação da atmosfera espiritual que nos cerca:

– Nas mais respeitáveis instituições do mundo carnal, segundo informes fidedignos das autoridades que nos regem, a metade do tempo é despendida inutilmente, através de conversações ociosas e inoportunas. Isso, referindo-nos somente às “mais respeitáveis”. Não se precatam nossos Irmãos em humanidade de que o verbo está criando imagens vivas, que se desenvolvem no terreno mental a que são projetadas, produzindo consequências boas ou más, segundo a sua origem. Essas formas naturalmente vivem e proliferam e, considerando-se a inferioridade dos desejos e aspirações das criaturas humanas, semelhantes criações temporárias não se destinam senão a serviços destruidores, através de atritos formidáveis, se bem que invisíveis. (Os destaques são meus.)

A boa conversação e a Humanidade Invisível
Vem-me à memória uma narrativa que apresentei na série radiofônica “Lições de Vida”, na década de 1980, sobre as três peneiras que devemos utilizar na hora de expor qualquer assunto a alguém. A primeira peneira é a da verdade; a segunda, a da bondade; e a terceira, a da necessidade. Antes de falarmos algo, precisamos nos certificar de que as nossas palavras passem por esses filtros. Caso contrário, é melhor nem as proferirmos.
Na Antologia da Boa Vontade (1955), encontramos o poema “Não julgues!”, de autoria de João Tomaz, do qual destacamos oportuna estrofe:

Mas se queres tua paz
e a paz dos outros também
atende a este conselho:
– Não fales mal de ninguém.

Definitivamente, o “lobo invisível” e seus acólitos precisam aprender mais esses ensinamentos para que alcancem real ventura. E essa é justamente a lição que fui buscar em minha obra Jesus, Zarur, Kardec e Roustaing na Quarta Revelação (1984, edição esgotada), por estas palavras do notável Emmanuel: “Uma simples conversação sobre o Evangelho de Jesus pode beneficiar vasta fileira de ouvintes invisíveis”.

Acerca do indispensável papel a ser protagonizado pelas famílias, afiança o Espírito André Luiz, em seu livro Desobsessão, pela psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira (1932-2015): “O culto do Evangelho no abrigo doméstico equivale a lâmpada acesa para todos os imperativos do apoio e do esclarecimento espiritual”.

Como assegurava o saudoso Alziro Zarur, “A invocação do nome de Deus, feita com o coração cheio de sinceridade, atrai o amparo dos Espíritos Superiores”.