Prefeitura e segurança pública

Embora vivamos em Tubarão uma condição de reduzida criminalidade – comprovada pelas estatísticas ao longo dos anos – o grande desenvolvimento da cidade, em alguns pontos de forma desordenada, tem permitido um vertiginoso acréscimo do tráfico de drogas e, consequentemente, de crimes a ele relacionados. Com o problema instalado, impõe-se a busca de soluções. Neste sentido, são necessárias ações em parceria entre governos municipal, estadual e federal.

Em nossa cidade, são visíveis e elogiáveis os esforços conjuntos entre órgãos de segurança, seja no convênio de trânsito (parceria entre prefeitura e Polícia Militar), no canil policial (prefeitura e Polícia Civil), nas diversas operações conjuntas das polícias e em diversas outras atividades, além da salutar interlocução com a sociedade civil organizada.

Em nossa opinião, estas ações devem avançar para a existência de um planejamento efetivamente integrado das políticas de segurança. É da análise das estatísticas criminais – de forma profissional, organizada e articulada – que devem surgir programas, tanto policiais como sociais, para a efetiva redução dos problemas específicos de cada localidade, atingindo especialmente as áreas mais críticas.
A administração municipal pode e deve contribuir de forma direta com a segurança pública.

A criação da Guarda Municipal foi um passo muito importante. Outra importante ação é exercer seu poder de regulamentação e fiscalização para cuidar da ordem pública. Uma medida efetiva seria também a implantação de Postos Integrados de Segurança, bem como de um fone único de emergências, permitindo a triagem dos atendimentos e – através do oferecimento de um serviço para emergências sociais – desocupando a polícia de atividades estranhas a sua finalidade.

Um outro quesito onde a prefeitura pode ser parceira das polícias é na valorização dos servidores da área de segurança pública, seja através da compra de equipamentos, seja através da premiação pelo cumprimento de metas de redução de violência, incentivando o estabelecimento de um sistema meritocrático de avaliação, que incentive aqueles que efetivamente trabalham pela segurança de nossa gente, ao contrário dos sistemas burocráticos que favorecem os “policiais de escritório”.

Em qualquer sentido, é indubitável que um projeto de segurança no município não pode prescindir da participação da prefeitura. E cremos que a participação da prefeitura deve responder pelos nomes de parceria, ação policial e social integradas, profissionalismo e planejamento com foco em resultados. E este caminho não deve ser apenas dos governos, mas da sociedade como um todo, que deve assumir seu papel de cobrança e participação, pelo bem das pessoas de bem desta cidade.