Papel do corretor de imóveis

A profissão de corretor de imóveis é regulamentada pela Lei nº 6.530 de 12 de maio de 1978. Trata-se de um profissional que, habilitado pelo Creci, órgão que credencia os profissionais capacitados a desempenhar essa profissão, pode desempenhar sua atividade como um profissional autônomo, da mesma forma que outros profissionais como médicos, engenheiros, advogados, e outros. Um profissional de gabarito nesta profissão chega a auferir ganhos superiores a muitas profissões tradicionais, tendo em vista a valorização sempre crescente do mercado imobiliário.

Diga-se de passagem que o mercado imobiliário é um dos grandes empregadores de profissionais de várias áreas, e o trabalho do corretor de imóveis ganha mais importância ainda, quando se sabe que, sem vendas, não existiria trabalho para pedreiros, marceneiros, eletrecistas, engenheiros, arquitetos, etc… Sem falar nas construtoras, indústrias fornecedoras da construção civil, tanto de materiais de construção, como de decoração, industria moveleira, etc…

Muitas vezes, o papel do corretor de imóvel é mal entendido tanto pelos proprietários de imóveis como pelos compradores. Maus profissionais existem em qualquer categoria. Mas isso faz com que prevaleça muitas vezes o estereótipo do corretor que é explorado pela mídia, como aquele “cara esperto”, que “enrola” o cliente com seu “papo” enganador, etc… Este profissional está em extinção, pois o corretor que não tiver princípios éticos não terá sucesso nos dias de hoje.

O trabalho do corretor é ainda mais relevante, quando atentarmos para o fato que ele é o elo de ligação entre as construtoras e proprietários com o mercado comprador. A complexidade desse trabalho de mediação, buscando entender e atender aos anseios das partes envolvidas no negócio, faz com que esse profissional seja além de tudo um fator de equilíbrio entre as partes, buscando sempre condições para que ambas sejam satisfeitas na transação. É o corretor de imóveis que, ao receber um imóvel à venda, vai buscar na sua carteira de clientes interessados na aquisição daquele imóvel.

Mas nenhum corretor de imóveis faz milagres, pois não é necessário apenas um bom imóvel para ser comercializado. É fundamental que uma avaliação real do valor do imóvel seja feita, já que os clientes interessados em comprar não irão ver apenas o seu imóvel. Há clientes que visitam dezenas de imóveis antes de tomar uma decisão de compra. E o próprio cliente faz sua avaliação baseado nos imóveis que ele está vendo. Portanto, é ele que vai avaliar o custo-benefício de sua decisão.

Outros fatores que facilitam a venda, além do preço justo, são a localização, a qualidade e o estado de conservação do imóvel, a documentação perfeita, e a facilidade de acesso para mostrar o imóvel a qualquer hora. Este último ponto é importantíssimo, pois, se uma chave não estiver disponível, ou não estiver ninguém em casa na hora que o cliente quiser ver o imóvel, isso pode prejudicar a venda.
Portanto, é hora de valorizarmos o papel desempenhado pelos corretores de imóveis, tanto quanto valorizamos profissionais de qualquer área, que desempenhem suas funções para atender à sociedade obedecendo a princípios técnicos e éticos em suas atividades.