Oito lições da escola real

Neste início de ano letivo, as escolas estão revitalizando os seus projetos pedagógicos. Uma coisa é certa: se firmarem novos propósitos, se determinarem novas metas – o que é necessário -, mas se não mudarem ou adotarem novas atitudes, os resultados serão iguais ou piores que os do ano passado, salvo raríssimas exceções. Neste sentido, sugerimos a prática de oito lições extraídas de histórias da escola real:

1) Reposicionar o foco da escola na aprendizagem. Os demais aspectos são meios para atingir tal fim, e não fins em si mesmos.
2) Cumprir e fazer cumprir as leis, estirpando, do âmbito das escolas, as relações de compadrio e as decisões no nível pessoal e opiniático. O que não é lei, a escola estuda, decide coletivamente, com foco na aprendizagem, e cumpre o decidido. São estes movimentos que a mantêm viva.

3) São os alunos com dificuldades que precisam da maior e imediata atenção de todos da escola. Do contrário, o que não está bom, ficará pior.
4) É impossível render mais, espelhando-se em quem faz menos.
5) Dinheiro, apenas, não é suficiente. É preciso foco, capacitação, planejamento, comprometimento, disciplina, esforço e avaliação. O mesmo é válido para quem está na escola à espera de mágicas ou de milagres.

6) Não basta ser muito bom no que faz individualmente. É preciso ter espírito de equipe, atitude agregadora e pró-ativa. Ambiente escolar tenso é improdutivo e faz mal à saúde.
7) Muitas coisas podem ser melhoradas na escola, e muitas lições de vida podem ser ensinadas aos alunos, com a adoção de atitudes simples.
8) Os resultados escolares melhoraram, quando se ajuda e se exige, para que governantes, escola, pais, alunos e comunidade, cooperativamente, façam as suas partes.
Contribui-se, assim, para que a escola esteja conectada à vida, ao mercado de trabalho e aos anseios maiores da sociedade.