Nova previdência: o Brasil não pode esperar

Mario Cezar de Aguiar
Presidente da FIESC

A proposta da Nova Previdência traz mudanças para tornar o sistema sustentável e mais justo. O que se deseja é que não haja diferença entre os regimes privado e público. Temos a obrigação de criar um sistema equilibrado, que garanta a aposentadoria das gerações futuras. A proposta é boa para o país, mas, naturalmente, cercada de controvérsias, porque mexe com as expectativas das pessoas para o futuro. Por isso, o tema precisa ser esclarecido à sociedade.

Este é o objetivo do evento que será realizado na tarde da próxima segunda-feira, pelo Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem), integrado pelas federações empresariais da indústria (Fiesc), do comércio (Fecomércio), da agricultura (Faesc), dos transportes (Fetrancesc), das associações empresariais (Facisc), das câmaras de dirigentes lojistas (FCDL) e das micro e pequenas empresas (Fampesc), com apoio do setor de comunicação do Estado, por meio da Acaert, da ADI, da Adjori e da ACI. Com a participação da CNI e dos deputados federais que integram a comissão especial da Câmara dos Deputados, vamos debater por que as contas da previdência não fecham e por que a reforma é fundamental para a retomada do crescimento.

Dados do Tesouro Nacional mostram que o regime dos trabalhadores do setor privado registrou déficit de R$ 149,73 bilhões em 2016 enquanto o dos funcionários públicos de municípios, estados e União ficou negativo em R$ 155,7 bilhões. O rombo passou de R$ 300 bilhões. Isso quer dizer que para pagar aposentadorias e pensões, a União precisa tirar recursos da educação, da saúde ou da infraestrutura. A outra opção, que seria aumentar ainda mais os impostos, os brasileiros não aceitam.  

A reforma é inadiável e precisa ser para valer, buscando uma economia em linha com o que defende a equipe econômica. O Brasil não pode perder a oportunidade que se criou com o debate público em curso. Nem abrir mão de corrigir a previdência de estados e municípios. Só com o equilíbrio das contas públicas voltarão a confiança e os investimentos, que formam a base para o país crescer e gerar empregos.