Mulher informada e politizada é mulher respeitada

Ter consciência do espaço que podemos ocupar, conhecer os direitos que conquistamos, participar dos debates sociais e políticos são atitudes essenciais para que a mulher seja forte como profissional, como líder comunitária, dona de casa, liderança política, mãe e parte ativa da sociedade.

A Jornada Catarinense Maria da Penha iniciou no fim do ano passado, com um evento emocionante e inédito, com mais de mil mulheres e a presença da própria Maria da Penha pela primeira vez ao nosso estado.
O objetivo é trocar experiências com as comunidades de cada região. Ao mesmo tempo em que divulgaremos os princípios básicos a respeito da Lei 11.340, a Lei Maria da Penha; buscaremos subsídios que fundamentem os pedidos de recursos específicos para políticas públicas para mulheres.

Neste sentido, ouviremos sugestões e reivindicações para conhecermos a realidade local e termos um raio-x regional da situação da mulher. Com os diagnósticos levantados, estaremos preparados para partir em busca de parcerias e dos recursos necessários a fim de colocarmos em prática projetos em defesa da mulher.
A primeira região a definir suas prioridades foi a que compreende as SDRs de Laguna, Braço do Norte e Tubarão. A principal reivindicação é a construção de uma Casa Abrigo.

As mulheres representam hoje 50,77% da população brasileira, segundo o IBGE, o equivalente a mais de 70 milhões de pessoas. Dessas mulheres, 58 milhões estão em idade reprodutiva. As estatísticas apontam como principais causas de morte entre as mulheres a incidência de doenças como câncer de colo de útero, Aids, câncer de mama, hipertensão, osteoporose e diabetes. Em muitos casos, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem salvar vidas.

Com o mesmo objetivo de contribuir com mais informação para as catarinenses, apresentei, no ano passado, uma proposição que foi transformada em lei e que resultou na criação da Semana de Saúde da Mulher. A Lei 14.082 prevê a realização anual de uma semana dedicada à saúde da mulher, quando campanhas deverão ser desenvolvidas em órgãos públicos, visando orientar sobre as doenças que atingem a população feminina e as ações preventivas na área da saúde. A semana deve ocorrer no fim do mês de maio e, aqui nesta casa, seremos exemplo em informação e prevenção.