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As três derrotas do Atlético TubarãoCFZ (3 x 1 para Chapecoense, 4 x 2 para o JEC, e este último jogo, 2 x 1 para Chapecoense) na Copa Santa Catarina frustraram todos em Tubarão. Afinal de contas, com essa parceria, os tubaronenses esperavam no mínimo uma disputa digna. Podia até não classificar, mas ao menos ganhar um e empatar outro jogo, já que com duas vitórias o time está praticamente classificado.

Sabe-se que o Atlético Tubarão/CFZ montou em menos de uma semana um elenco com 25 jogadores, vindo de diferentes lugares, alguns de Santa Catarina mesmo (Marcílio Dias e Atlético de Ibirama), alguns jogadores vinculados ao Atlético Tubarão e outros do Rio de Janeiro, resultado da parceira com o CFZ (Centro de Futebol Zico). Com poucos dias de treino, o resultado obtido em Chapecó no primeiro jogo não é surpresa, afinal, este treinava há mais de 40 dias e estava mais bem preparado em todos os aspectos para o campeonato do que o Atlético Tubarão/CFZ. A surpresa seria se voltassem de lá com uma vitória.
E as outras duas derrotas?

Não se deve dizer que os resultados são consequências da falta de preparação física, pois os jogadores vindos de diferentes clubes estavam treinando, portanto, preparo físico não é desculpa. O tempo é o grande responsável, pois o treinador não teve tempo hábil para testar todos os atletas, conhecê-los melhor.

Após a segunda derrota para o JEC, em casa, por 4 x 2, o Atlético Tubarão/CFZ teve uma semana inteira para treinamentos. Era a hora de ajustar o time. Estava tudo indo bem, os treinos progrediam, o técnico Marcelo Cabo aplicava seus treinamentos sempre procurando conhecer melhor os atletas, até que um fato complicou a vida do treinador: a festa que alguns jogadores deram no hotel em que estavam hospedados. Foi um ato impensável da parte deles e a diretoria agiu da melhor forma possível, dispensando-os. Não há outra opção em casos como esse. Porém, esse acontecimento desestabilizou o time, enfraqueceu o elenco.

Em relação ao preparo físico, podemos citar o exemplo do volante Wilson, 38 anos, experiente jogador com excelente preparo físico e vontade de jogar. Vontade de jogar, essa é a grande questão no momento.
Será que os jogadores estavam dispostos a jogar esse campeonato? Será que não estão sendo obrigados pelos seus clubes?

Afinal de contas, Atlético de Ibirama e Marcílio Dias emprestaram seus jogadores para o Atlético Tubarão para não sofrerem punições da Federação Catarinense de Futebol. Será que esses jogadores gostariam de jogar o campeonato ou estão sendo obrigados? Os jogadores que vieram do Rio de Janeiro da parceria com o CFZ estavam dispostos a disputar a Copa Santa Catarina? Um campeonato que por pouco não ocorreu por falta de participantes.

Talvez não, afinal, jogadores com vontade de jogar, comprometidos com o clube, não dão festas, principalmente em hotéis e ainda mais durante um campeonato.
A parceira do clube com o CFZ foi perfeita, não poderia ser melhor para o Atlético Tubarão. Parabéns aos dirigentes do clube e, principalmente, a Robertinho Rodrigues, que tornou isso possível.

Enfim, a parceria do Atlético Tubarão com o CFZ é a melhor alternativa para o clube e para o futebol tubaronense. Hoje em dia, clubes em ascensão só conseguem evoluir no futebol através de grandes parcerias ou grandes investidores, mas é muito importante estar atento aos jogadores que são contratados, principalmente aqueles que acabam jogando sem vontade e sem comprometimento com a equipe, que inevitavelmente acaba manchando a aparência do clube e de todos que lutam por melhorá-lo.