Estamos às vésperas de celebrar o Natal, a festa cristã em que comemoramos o nascimento do Filho de Deus, que mudou a história da humanidade. Porém, poucos se dão conta da forma de como Jesus Cristo conseguiu fazer isso.
Se analisarmos sua vida nos Evangelhos, veremos que Ele nos deu uma grande lição, mostrando que é possível fazer muito do pouco.
A humanidade sempre busca o poder, o ter, fazendo com que o homem atualmente, mesmo tendo muito, nunca fique satisfeito, pois não aprendeu, em mais de dois mil anos de história, a encarar a vida da forma como o mestre de Nazaré fazia, que, mesmo vivendo rodeado de problemas, demonstrou uma capacidade de amar e perdoar jamais vista antes.
É lamentável que no dia em que os cristãos relembram o nascimento do príncipe da paz não se reflita sobre a mensagem de amor da qual é revestida a festa do Natal. Se ouve até mesmo pessoas dizendo coisas do tipo ”…este ano, meu Natal vai ser pobre…”, esquecendo de que foi pobre que Ele nasceu, para nos ensinar que é na simplicidade que está presente o amor de Deus e não nas ofertas oferecidas em lojas e supermercados.
Precisamos refletir mais sobre o verdadeiro sentido do nascimento de Jesus, que usava das coisas da natureza para explicar as coisas do Reino de Deus, que falava até com poesia de sua simples condição humana dizendo que as aves têm ninhos mas o Filho do homem não tem onde reclinar sua cabeça.
O que Ele quer é que não só em épocas natalinas, mas durante toda a nossa existência, tenhamos sensibilidade de encontrar o Menino Jesus, presente principalmente nas crianças pobres, que possamos reconhecer o Cristo sofredor na pessoa dos excluídos que não vão fazer ceia de Natal porque a sociedade atual não deu a eles essa oportunidade.
Está em nossa consciência sermos como os pastores de Belém que tiveram o privilégio de serem os primeiros a receber a notícia do nascimento do Salvador, porque eles tinham um coração simples e acolhedor. Caso contrário, corremos o risco de sermos como Herodes, se o nosso coração não for capaz de amar o próximo, e cairmos no pecado da omissão frente ao sofrimento humano.
Seria bom se nesse Natal fizéssemos também uma parada na nossa vida para pensarmos quanto temos agradecer ao bom Deus por ter enviado seu filho nascendo simples e pobre para nos ensinar a valorizar tudo que a vida nos oferece, como diz o Dr. Augusto Cury, “nunca alguém tão grande se tornou tão pequeno para ensinar os pequenos a serem grandes”. Assim será possível perceber que Ele está no meio de nós.