É preciso acordar sim

Quero concordar com o artigo publicado no último dia 21, do professor Laudelino José Sardá, que, mesmo não residindo em nossa cidade, expressou-se de forma consistente, com relação ao futuro da querida cidade azul.

Muitos ainda não se deram conta de que a duplicação da BR-101 e a construção do Aeroporto Regional Sul, em Jaguaruna, só para citar duas obras, interferirão decisivamente no desenvolvimento da cidade de Tubarão. Com estas duas obras concluídas, Tubarão estará novamente inserida em um eixo de progresso, que pode ser comparado à chegada da Estrada de Ferro em tempos idos. Tal posição será benéfica à cidade, mas também poderá trazer problemas caso não planejemos este futuro próximo, como bem lembra o professor Sardá.

Quando li sua alusão a “cirurgias plásticas”, para ilustrar a necessidade de melhora dos trevos que dão acesso à cidade, hoje em obras por conta da duplicação, veio-me à memória o lastimável estado das vias que dão acesso a Tubarão num passado recente, quando a rua São João e a avenida Tancredo Neves representavam bem o “estado sedentário” a que se refere o nobre professor.

Felizmente, nosso prefeito não agiu por osmose há época, e iniciou pelas vias de entrada da cidade uma revolução no aspecto e na estrutura das nossas ruas, que realmente careciam de profundos reparos. Hoje, o visitante que entra em Tubarão pelas vias citadas terá a noção exata que aqui se vive e trabalha-se, com a mesma qualidade que pode ser observada no pavimento pelo qual ele trafega. E ainda, por cima de asfalto de alto padrão, podemos ir a Congonhas, São Martinho, São Bernardo, Rio do Pouso, Campestre, Humaitá, Dehon e a diversas ruas no Centro e Oficinas.

Infelizmente, ainda temos uma via, que no futuro será um dos principais acessos da cidade, a rua Padre Geraldo Spettmann, que sim, recebeu tratamento desleixado e cruel. Aquela, que é a via de acesso à bonita rodoviária de Tubarão, foi pavimentada às pressas pela administração municipal no ano 2000, sem a indispensável preocupação com a qualidade, sem o respeito que os tubaronenses mereciam. Hoje é uma avenida condenada, que não contribui em nada com a beleza de nossa cidade e que precisa ser totalmente refeita. Tudo isso por conta da irresponsabilidade de governantes que se encaixam no perfil citado pelo professor Sardá, aqueles que “governam por osmose política”.

Por isso que, como bom tubaronense, quero continuar vivendo em uma cidade onde se valorize a conversa com amigos na esquina, ou onde se reencontre intacto o carro deixado aberto no centro, mas administrada por governantes que enxerguem um pouco além de nossos trevos.