“Civilização” do aborto

Existe um movimento internacional, formado por vertentes e elites culturais, que se autoproclamam de vanguarda revolucionária, como o liberalismo, o marxismo impondo pela via legal, com as facilidades da democracia, o aborto em escala mundial até o ano 2025. Para derrubar as muralhas da moral, usa-se os aríetes dos filmes, novelas, seriados pela TV, de longe o veículo de maior atração sensorial. Até em “inocentes” desenhos infantis são introduzidos temas com perversão moral, cultural e mental.  O movimento de forma sub-reptícia passa por cima da soberania das nações, valendo-se da bandeira da ONU, sem levar em consideração os valores sociais e culturais dos povos. 

Se a mulher gestante tem a proteção do estado, por meio de todos os sistemas de saúde desde a concepção até dar a luz (acompanhamento pré-natal), fica complicado entender a percepção do aborto. Esta proteção que seja bem claro é sobre o feto que carrega em seu útero. Logo há uma contradição sugerir o aborto mesmo que seja em casos específicos. Por força da lógica, o Estado só existe se tem cidadãos; logo a vida tem que ser preservado em quaisquer circunstâncias.

Na busca de argumentos, o estado na figura do governo, usa de informações soltas e difusas que confundem a opinião pública, com mentiras numéricas ou sem consistência científica. Conforme divulgado por alguns órgãos, particularmente do Ministério da Saúde, o número de abortos no Brasil tem caído nos últimos anos. Entretanto, não é dito que estes números decorrem da distribuição maciça de anticoncepcionais, como pílulas, camisinhas, gratuitas, encontradas em qualquer posto de saúde do SUS. É lógico que isto reduz a concepção e por efeito reduz os abortos. Também não é dito que há uma maior conscientização na população sobre os riscos que ocorrem pela prática do aborto, apenas divulgado pelos organismos religiosos onde se destaca o movimento pró-vida, igrejas cristãs, grupos de bioética.  Por seu lado, jamais este governo que está por ai, conclamará a sociedade para uma cruzada moral de bons costumes.  O que nos deixa mais perplexos quando se ouve através da mídia, pessoas (destaca-se mulheres) do alto escalão do governo, ostentando titulações acadêmicas, como espada de sua moral ao pregarem abertamente o aborto, usando de si mesmo como exemplo, contaminadas por um feminismo altamente egopata. Que pena, a luz da sabedoria e da verdade não chegaram a essas pessoas.

As mudanças ou evoluções da civilização que ocorreram através dos séculos são válidas desde que sejam feitas para melhorar a convivência e trazer benefícios para a sociedade. O código moral de não matar é evolução, progresso, avanço da civilização; agora matar e reativar a pena de morte a quem quer que seja, e, o feto é um ser vivo, isto é retrocesso, nunca evolução. Se a sociedade existe e estamos agora aqui vivos é porque nossos pais permitiram. Não nos abortaram.