Até quando, queridos pais?

A falta de respeito para com o ser humano e a natureza, por meio do abuso de poder, da corrupção e da injustiça nos assusta e nos é incômodo. Diante dessa realidade, perguntamos: como estamos educando nossos filhos? Educamos para uma convivência social ou para a delinquência?
A psicologia afirma que a autoridade parental é indispensável para a construção do caráter e da personalidade dos filhos. Como também crianças criadas sem consciência de limites tornam-se, quando adultas, frustradas e infelizes. Hoje, alguns pais, por confundirem o significado de autoridade e autoritarismo, têm medo de exercer qualquer forma de poder sobre seus filhos.

Entende-se aqui autoridade como poder de impor limites necessários para a convivência em sociedade; e autoritarismo como exacerbamento desse poder como imposição de uma ideia sem possibilidade de contradição. Sabemos, porém, que em qualquer tipo de relação humana o autoritarismo é sempre estúpido e nefasto.
Quando o “sim” e o “não” não são consistentes revelam, a falta de autoridade e a despreocupação com o futuro da criança. Depois, não podemos reclamar da rebeldia e dos vícios que eles adquirem na escola da vida. Pensemos naquilo que poderíamos ter oferecido e não oferecemos, principalmente a nossa presença e o nosso carinho.

Para que os pais alcancem eficácia na educação de seus filhos, sem inibir ou aniquilar qualquer capacidade da criança, é necessário romper com as falsas ideias, a saber: “é proibido proibir” e “um tapa e a criança ficará traumatizada para sempre”. Tudo na medida certa colabora na formação de qualquer pessoa, “todo remédio é eficaz se administrado na medida certa, do contrário, é veneno”.

Quando não assumimos nosso compromisso, alguém pode assumir por nós e fazer do seu jeito. Muitas vezes, deixamos de educar e delegamos essa responsabilidade aos desenhos animados, que estão imersos em violências e contra valores. Ou ainda pior quando ensinamos palavrões e danças que desvirtuam a inocência da criança.
É… Queridos pais, se quisermos cidadãos íntegros, coerentes e de reta conduta, precisamos ensinar nossos filhos a se tornarem civilizados. Pois uma criança pequena é dominada pelas suas pulsões, pelo “princípio do prazer” e pelo sentimento de onipotência. Portanto, é hora de cada pai e mãe tomar consciência de sua missão e não mais esperar dias melhores sem sua efetiva participação.