Aposta na qualidade

A concorrência acirrada com a China cresce a cada dia. Introduzir um produto brasileiro no mercado internacional tem um grande desafio: vencer o baixo preço do produto chinês. Mas, como enfrentar esta questão com a alta carga de taxas, impostos e contribuições e a baixa cotação do dólar, moeda que serve de base para as transações internacionais?
Para quem quer exportar, vender e consolidar sua marca lá fora, são muitos os caminhos, mas igualmente são grandes os desafios a serem percorridos.

Aquele que pretender embarcar nesta verdadeira aventura e, principalmente, no caso das micro e pequenas empresas, certamente terá de colocar no preço do produto a ser levado para o exterior os custos da compra de máquinas e equipamentos, da mão-de-obra, impostos pesados sobre setores específicos e ainda impostos em cascata, provocados pela fúria tributária.

Os produtos chineses, assim como ocupam espaço importante no Brasil, chegam ao mercado internacional com a mesma fúria e preço baixo. O que nos diferencia é a qualidade. Mas até que ponto os consumidores estão dispostos a buscar este diferencial? Qualidade tem preço. E o produto brasileiro de qualidade tem um preço maior ainda por causa do chamado ‘Custo Brasil’.

Participamos, em novembro, da maior feira da construção civil do Oriente Médio: a Big Five 2007, que teve lugar em Dubai, capital dos Emirados Árabes Unidos. Na Big Five 2007 circularam mais de dois milhões de pessoas em busca dos produtos de expositores de 65 países. Do Brasil, eram 20 empresas. Segundo a Agência de Promoções de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Brasil deve ter realizado cerca de US$ 8 milhões em negócios durante a feira e deve chegar a US$ 25 milhões ao longo de 12 meses. Fomos à busca daquele mercado e enfrentamos o preço do produto chinês.

A empresa, com a qual participei da feira, fez sucesso por levar produtos de qualidade, diferenciados e inovadores. Após a conclusão da feira, fomos convidados para participar do maior congresso da construção civil do Oriente Médio, onde se encontram os principais investidores do setor.