A velha forma de fazer política não tem fim

Júlio César Cardoso
Balneário Camboriú-SC

A Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 120 mil na casa do deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho (DEM-PE) em operação realizada, com autorização do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, envolvendo o parlamentar e o pai dele, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Casos de corrupção da espécie precisam ser devidamente apurados e não acobertados ou blindados pela corporação política do Congresso. Tanto o presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre, quanto o da Câmara, deputado Rodrigo Maia, devem envidar esforços para a moralização dos membros do parlamento.

Pois bem, aqui está a velha forma de se fazer política no Brasil, lamentavelmente: roubar, roubar, roubar a nação e a esperança de melhorar as condições de pobreza dos desassistidos.
Não é à toa que muitos optam pela vida política, pois as recompensas (ilícitas) são tão gratificantes que vale a pena arriscar para engordar os seus patrimônios.

Certa feita o Jornal espanhol El País escreveu que ser político no Brasil é um grande negócio, uma dádiva caída do céu, visto as grandes recompensas de toda a ordem obtidas pelos políticos
Poucos vão para a política por patriotismo. A maioria abraça a política apenas para tirar proveito da coisa pública, como a sociedade vem testemunhando com o rol de políticos envolvidos em processo de corrupção. Inclusive, temos hoje um ex-presidente da República condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro.

Se filtrar o Congresso, ou o Legislativo em geral, pouquíssimos parlamentares sairão ilesos das garras do Fisco e da Justiça, tal é a podridão de caráter de nossos políticos.

É muito vergonho e preocupante viver em um país, que se diz carente de recursos para atender  às áreas da educação, saúde, segurança, habitação, saneamento básico de cidades onde o esgoto ainda corre a céu aberto, tendo atualmente mais de 13 milhões de pessoas desempregadas e endividadas, enquanto políticos (pai e filho) pilham, esbulham, roubam, saqueiam o Erário, escondendo o dinheiro dos contribuintes em malas, meias, cuecas, em pastas, envelopes e tudo adredemente planejado de forma descarada.