A cinematografia da violência

Já tem muitas décadas em que o fantasma da violência está nos assombrando. Entretanto, especialistas no assunto, autoridades judiciais, policiais têm procurado ao longo destes anos dar a sua parcela de contribuição, com o propósito de erradicar do nosso meio o mal da violência. As estatísticas comprovam: nestes últimos anos, ou melhor do ano 2000 para cá, houve uma escalada transcendental da violência no Brasil. Também pudera, gastam-se 150 bilhões de dólares por ano no consumo de drogas e mais 252 bilhões do álcool.

Então, você pode fazer uma ideia da completa inversão de valores de nossa sociedade. Trata-se de uma das indústrias mais rentáveis, depois da indústria do petróleo. Outro fator preocupante foi o de saber que em 2008 o número de novos registros para a compra de uma arma superou o de armas entregues às autoridades. Que país é este? Pretendem ainda erradicar a violência? De que maneira? Construindo mais presídios ou cadeias? Como entender estranhas atitudes de nossos governantes e autoridades?

Com base em dados e experiências adquiridas, também gostaríamos de deixar nossa contribuição. Para que, juntos, possamos unir forças para controlar este flagelo que está destruindo toda uma sociedade. Porque, no que diz respeito em aniquilar a violência, trata-se de uma missão, que reconhecemos ser impossível, para não dizer que é falida. Pois, para expelir esta sobrenatural força, é preciso primeiro acabar com todo o mal existencial dentro de cada um de nós. Más alguém poderia me perguntar: e diminuir, minimizar a criminalidade é possível? Sim, é possível. Desde que tenhamos coragem, vontade e, acima de tudo, sabedoria para fazê-lo.

Agora, eu confesso que fico muito preocupado quando ouço estranhos rumores da parte dos nossos governantes. Atestam que, para acabar com a criminalidade, se faz necessário uma urgência em construir mais algumas penitenciarias e cadeias, como também aumentar o efetivo de policiais nas ruas. É aqui nesta bifurcação que concentra toda a minha preocupação. Pois não é construindo mais cadeias e aumentando cada vez mais a superlotação de criminosos que vamos acabar com a criminalidade em nosso estado ou país. Isto já está mais do que comprovado.

A lei da física explica isto muito bem. É a lei de causa e efeito. Para cada ação, existe também uma reação. Ao contrário: além de fomentar ainda mais a aparição de delinquentes e criminosos em nosso meio, em contrapartida estaremos desencadeando uma guerra de proporção muito grande, onde as consequências e os resultados negativos serão mais uma vez debitados sobre uma sociedade que já se encontra aterrorizada. Pois pretender, construir um mundo melhor sem mostrar o menor interesse em corrigir as injustiças e os pecados que se cometem ao nosso redor a cada minuto não é uma atitude própria, de seres racionais e inteligentes.

Segundo Alberto Villamarim, psicólogo, escritor e sociólogo, existem duas armas fortíssimas que temos a nosso favor. E que muito pode contribuir nesta atroz batalha; chamam-se educação e justiça, principais instrumentos de combate à violência e à criminalidade. Sobretudo, parece que existe uma carência de sabedoria e iniciativa por parte de governantes e autoridades competentes. Tudo está indicando que sacar uma arma, disparar ferir ou matar parece ser uma atitude louvável e muito próxima de resolver os problemas de ordem delituosa, independente dos resultados serem positivos ou negativos. Este artigo será o primeiro de uma série de três que serão publicados e com o objetivo de contribuir e muito com a nossa sociedade e com as nossas autoridades. Aguarde.