Operação Mensageiro completa dois anos: saiba o que aconteceu com os agentes políticos da Amurel

Foto: Sul Agora - Divulgação: Notisul Digital
A Operação Mensageiro, que completou dois anos de sua primeira fase, segue repercutindo no cenário político de Santa Catarina. Desde sua deflagração, em 6 de dezembro de 2022, a operação resultou em 42 prisões, sendo 17 prefeitos, e investigou irregularidades em licitações de coleta e destinação de lixo, envolvendo o grupo Serrana Engenharia.

19 condenados e investigação em andamento

Quatro ações penais já foram julgadas, com 19 pessoas condenadas, incluindo agentes públicos e privados. A operação, coordenada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), continua em andamento, com mais investigações em andamento.

Agentes políticos da Amurel: o que mudou em dois anos?

Veja como estão os principais envolvidos da região da Amurel na Operação Mensageiro:

Joares Ponticelli (ex-prefeito de Tubarão)

Joares ficou preso preventivamente entre fevereiro e junho de 2023, renunciou ao cargo em julho e tentou vaga na Câmara Municipal nas eleições de 2024, ficando como segundo suplente. Ele ainda aguarda julgamento.

Caio Tokarski (ex-vice-prefeito de Tubarão)

Caio foi preso preventivamente em fevereiro de 2023, permanecendo detido até setembro do mesmo ano. Também renunciou em julho de 2023 e se afastou da vida política. Atualmente, atua como advogado e é segundo suplente de deputado federal. Ele aguarda julgamento.

Vicente Corrêa Costa (ex-prefeito de Capivari de Baixo)

Vicente foi preso em fevereiro e libertado em julho de 2023, uma semana após renunciar ao cargo. Retomou sua carreira como médico e também aguarda julgamento.

Patrick Corrêa (prefeito de Imaruí)

Patrick foi preso em abril de 2023 e permaneceu detido até setembro do mesmo ano. Ao contrário dos demais, ele não renunciou ao cargo e foi reeleito em outubro de 2024, com 55% dos votos. No entanto, teve seu diploma cassado pela Justiça Eleitoral, decisão contra a qual recorre. Ele também aguarda julgamento.

Deyvisonn da Silva de Souza (ex-prefeito de Pescaria Brava)

Deyvisonn foi preso na primeira fase da operação, em dezembro de 2022, e renunciou ao cargo em julho de 2023. Em setembro do mesmo ano, foi solto, mas voltou a ser preso em julho de 2024. Ele foi condenado a 85 anos de prisão por organização criminosa e corrupção, sendo o único da Amurel a ter seu caso julgado.