A operação Overlord, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), desarticulou um grupo neonazista em três cidades de Santa Catarina: Jaraguá do Sul, Pomerode e Cocal do Sul. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, além da prisão preventiva de quatro integrantes. A operação investiga a promoção de discursos de ódio, antissemitismo e a apologia ao nazismo, além de atos violentos planejados pelo grupo.
Preso militar suspeito de envolvimento com neonazismo
Entre os presos, está um militar da ativa do Exército Brasileiro, suspeito de participar ativamente de encontros neonazistas. Embora os crimes não estejam diretamente ligados à sua função no Exército, seu conhecimento em táticas de combate e armas de fogo representa um risco elevado devido ao seu envolvimento com o grupo.
Grupo promovia eventos com símbolos neonazistas
A investigação também revelou que o grupo neonazista promovia eventos em diferentes regiões do Brasil, onde exibiam bandeiras com suásticas e realizavam discursos de ódio. Alguns desses encontros reuniram mais de 30 pessoas, com destaque para a presença de uma banda associada ao grupo, que se apresentava em shows neonazistas.
Ritual de “batismo” fortalecia laços ideológicos do grupo
Além dos eventos públicos, o grupo também realizava um ritual de “batismo” para novos membros. Esse ato era uma cerimônia de iniciação, fundamental para consolidar os laços entre os participantes e reforçar a ideologia extremista. O local dessas cerimônias, assim como os shows da banda, ainda não foi divulgado pelas autoridades.