Uma operação realizada nesta quinta-feira, dia 26 de setembro, pelo Procon SC, em parceria com a Polícia Civil e o Imetro-SC, apreendeu pulseiras bate enrola em várias cidades de Santa Catarina. A ação visa proteger o público infantil, já que o produto, feito de metal cortante revestido por plástico, apresenta risco de ferimentos, especialmente com a aproximação do Dia das Crianças. A operação foi motivada por uma denúncia feita pela influenciadora Karla Silva, de Florianópolis, cujo filho sofreu um corte grave na boca ao brincar com uma dessas pulseiras.
Produtos sem especificações corretas
As pulseiras não seguem as normas obrigatórias de conformidade, como a ausência de CNPJ, fabricante, endereço e orientações de uso no rótulo. Participando da coletiva de imprensa, a diretora do Procon SC, Michele Alves, destacou o perigo do produto:
“A pulseira é muito nociva à criança, pelo material utilizado. É muito fácil a criança se machucar.”
Além disso, o delegado Gustavo Kremer e o diretor de fiscalização do Imetro SC, Vinicius Moreira, reforçaram a importância da apreensão para garantir a segurança dos consumidores.
Prazos para adequação
Os produtos recolhidos ficarão retidos por 30 dias, período em que os fornecedores terão para ajustar suas embalagens e cumprir com as conformidades informativas exigidas por lei. Caso o problema persista e os produtos voltem a ser comercializados de maneira irregular, o Procon SC poderá emitir um auto de infração. Nos municípios sem Procon municipal, a Polícia Civil liderou a operação.
Histórico de acidentes
Em 2011, um caso grave com uma pulseira bate enrola foi amplamente divulgado, quando um menino de três anos, no Paraná, perdeu totalmente a visão do olho esquerdo após ser atingido pela pulseira. O produto, que fez muito sucesso nos anos 80 e 90, ainda é vendido em menor escala, apesar dos riscos.