Tatiana Dornelles
Tubarão*
Oito servidores públicos da prefeitura de Tubarão foram exonerados esta semana por possuírem grau de parentesco com prefeito, vice-prefeito e secretários municipais. A decisão foi do Tribunal de Justiça de Santa Catarina e acatada pelo então prefeito, atualmente licenciado, Carlos Stüpp (PSDB). Os funcionários já deixaram os cargos.
Entre os exonerados, está a secretária de assistência social e saúde, Vera Campos Stüpp, esposa do prefeito, o que caracteriza nepotismo. Além da primeira-dama, Homero Roberge saiu da função de chefe do setor de comunicação e fotógrafo da prefeitura por possuir grau de parentesco. A sua esposa, Marlei Moretti, assumiu a pasta de assistência social e saúde. Alzira Hülse também deixou a função que exercia na secretaria de assistência social por ser tia do prefeito.
Outro caso de exoneração ocorreu na secretaria de cultura, esporte e turismo da prefeitura. Com a ida de Felipe Felisbino para a câmara de vereadores (no lugar de Ronério Cardoso Manoel – PDT – que se afastou por problemas de saúde), ficou em seu lugar, por pouco tempo, Jair Pinter. Entretanto, por ser pai do diretor da Guarda Municipal, Adolfo Pinter, pediu a própria exoneração para que o filho continuasse no emprego.
Até a tarde de ontem, não havia sido definido o nome para assumir como secretário da pasta. Além disso, segundo informações extra-oficiais, as outras quatro pessoas exoneradas são parentes do vice-prefeito, Angelo Zabot. A prefeitura ainda teria como recorrer. Contudo, o prefeito optou por exonerar os oito servidores.
Em Capivari de Baixo
O prefeito de Capivari de Baixo, Moacir Rabelo (PP) acredita que logo o município também receba informações da justiça sobre nepotismo. A administração conseguiu uma liminar na mesma época que Tubarão e manteve os funcionários no cargo. Segundo o prefeito, quando o município for comunicado, o jurídico tratará do caso.
“Se houver possibilidade de recursos, vamos apelar; se não, vamos acatar a decisão”, afirma. Para Moacir, será lastimável ter que exonerar os funcionários. “Será ruim se demitirmos alguém competente porque é parente do prefeito, do vice, secretários ou vereadores”, desabafa.
* Com informações de Amanda Menger, de Capivari de Baixo.