Municipalização da escola em Gravatal gera polêmica e preocupação

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul Digital
A proposta de municipalização da escola estadual Geraldina Maria Tavares, em Gravatal, pegou a comunidade de surpresa na última semana. Professores, funcionários, alunos e pais expressaram sua indignação após a informação de que a unidade poderia passar a ser gerida pela prefeitura. A reunião entre professores e a Coordenadoria Regional de Educação (CRE) que discutiu a mudança trouxe à tona questões sobre o impacto na educação dos alunos e a liberdade de escolha das famílias.

Discussão sobre a mudança inesperada

A denúncia recebida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC (Sinte Tubarão) levantou preocupações sobre a remanejamento dos alunos e professores. Segundo a representante Tânia Fogaça:

  • Os alunos dos anos finais (6º ao 9º ano) seriam transferidos para outras escolas.
  • Os estudantes dos anos iniciais (1º ao 5º ano) ficariam sob a responsabilidade do município.
  • Os docentes também teriam que ser realocados em outras unidades.

Tânia ressalta a indignação dos professores em relação ao tratamento do assunto, que foi abordado sem a devida transparência.

Direitos da comunidade em risco

A representante do Sinte destacou a insatisfação da comunidade em relação à falta de consulta sobre a mudança. “Aquela comunidade, que paga impostos para manter o ensino gratuito e de qualidade, será privada do direito de escolha. Isso gera revolta”, afirmou Tânia.

Ela enfatizou que a comunidade confiou na escola ao matricular seus filhos, e a mudança súbita pode impactar negativamente a educação e o desenvolvimento das crianças.

Formação de comissão para discutir o assunto

Diante da polêmica, uma comissão foi formada na última quinta-feira para discutir as ações a serem tomadas. A comissão inclui representantes de pais, professores e vereadores, e já se reuniu com o prefeito de Gravatal, Clei Rodrigues. Segundo Tânia, “não há nada assinado ainda”, e a intenção é garantir que a voz da comunidade seja ouvida antes de qualquer decisão.