O Ministério da Saúde anunciou a expansão da estratégia desenvolvida pela Fiocruz para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, transformando-a em política pública nacional. A medida visa reduzir as populações do mosquito, especialmente em áreas urbanas.
Estações disseminadoras de larvicidas: como funcionam?
As estações disseminadoras de larvicidas (EDLs) são recipientes com água parada que contêm larvicida piriproxifeno. Funcionam da seguinte forma:
- Potes atraem fêmeas de mosquitos em busca de locais para depositar ovos.
- Tecido sintético impregnado com larvicida captura fêmeas, que acabam disseminando o larvicida em outros criadouros.
Expansão gradual e critérios de escolha das cidades
Inicialmente, a estratégia será implementada em 15 cidades com mais de 100 mil habitantes, alta infestação de Aedes aegypti e notificação elevada de doenças arbovirais nos últimos anos. O processo inclui:
- Manifestação de interesse dos municípios
- Acordo de cooperação com o Ministério da Saúde e Fiocruz
- Validade da estratégia com secretarias estaduais de saúde
- Capacitação de agentes locais
- Monitoramento da implementação
Inovação tecnológica para superar desafios
As EDLs são resultado de pesquisas iniciadas em 2016 e foram testadas em 14 cidades brasileiras até 2022, demonstrando eficácia no controle do Aedes aegypti em áreas urbanas desafiadoras. A estratégia permite alcançar criadouros de difícil acesso, como dentro de imóveis fechados e em áreas de urbanização precária.