Aderindo à busca por competitividade e previsibilidade de custos, empresas catarinenses aceleram a migração para o Mercado Livre de Gás Natural. Desde janeiro, três indústrias adotaram o modelo e outras devem seguir o mesmo caminho nos próximos meses.
Setor industrial aposta no Mercado Livre de Gás
Desde o início de 2025, três empresas em Santa Catarina passaram a consumir gás natural no Mercado Livre, movimentando cerca de 287 mil m³/dia. Outra indústria já firmou contrato para migração em maio, enquanto sete empresas demonstraram interesse, o que pode elevar o volume total para cerca de 1,1 milhão de m³/dia.
Na região Sul do estado, uma indústria cerâmica aderiu ao modelo em janeiro e outras cinco manifestaram intenção de migração ainda neste ano. Além disso, a UTE Trombudo, primeira termelétrica catarinense a operar no Mercado Livre, entrará em atividade em outubro.
Setores com alto consumo energético lideram migração
A transição tem sido puxada por setores como:
- Cerâmico
- Vidros
- Metalurgia
- Siderurgia
A possibilidade de negociar diretamente com fornecedores garante mais flexibilidade tarifária, permitindo adaptações às necessidades de cada empresa. “O Mercado Livre traz mais eficiência na contratação do gás natural, pois permite negociação direta entre os consumidores e os comercializadores”, destaca Rafael Nicolazzi, gerente da SCGÁS.
SCGÁS investe em infraestrutura para distribuição segura
Para garantir eficiência no fornecimento, a SCGÁS implementou melhorias como:
- Sistemas de telemetria para monitoramento do consumo
- Equipamentos de medição da composição do gás natural
Apesar das mudanças no modelo de contratação, a distribuidora continua responsável pelo transporte seguro e pela medição precisa do consumo.
Concorrência amplia oferta e reduz custos
Com 18 agentes comercializadores cadastrados na agência reguladora, o estado amplia as opções para indústrias interessadas no Mercado Livre de Gás. O aumento da concorrência tem favorecido os consumidores, proporcionando redução de custos e maior previsibilidade na contratação.
“A regulamentação consolidada e a crescente presença de comercializadores tornam o mercado mais dinâmico, garantindo melhores condições de contratação”, afirma Nicolazzi. Com isso, Santa Catarina se destaca como um dos estados pioneiros na ampliação desse modelo, impulsionando a eficiência e a competitividade do setor industrial.