Início Geral Menina de 5 anos, de Tubarão, doa cabelo para crianças com câncer

Menina de 5 anos, de Tubarão, doa cabelo para crianças com câncer

Tubarão

Com apenas 5 anos, e um coração maior que sua altura, Isís Alberton, de Tubarão, fez um pequeno, mas poderoso ato de renúncia e compaixão: ela abdicou do seu lindo e longo cabelo para ajudar outras pessoas que passam pela situação difícil de um tratamento de quimioterapia. A ideia de doar partiu inicialmente da mãe de Isís, a advogada e professora Keila Alberton.

Keila conta que a filha queria cortar porque estava comprido e, com isso, incentivou a menina fazer o gesto. “Tenho parentes com câncer. Ela via as pessoas sem cabelo e muitas mulheres de lenço nas ruas e perguntava. Expliquei a situação. Fomos no hospital e a Isis viu algumas pessoas carecas e entendeu rápido que a colaboração era necessária”, enfatiza.

Um pouco tímida e de poucas palavras, Isís aprovou o novo visual e contou o motivo do gesto. “Doei o meu cabelinho porque outras crianças que estavam sem precisavam. Essas pessoas estão com uma doença bem triste. Minha mãe e eu levamos o cabelo no hospital, e lá eles vão ajudar as criancinhas que não têm cabelo fazendo uma peruquinha”, explica.

O gesto de desapego e generosidade de Isís ajuda a aumentar consideravelmente a autoestima dos pacientes e a amenizar um pouco a dor do processo de tratamento. “Quando o meu cabelo crescer de novo vou cortar e doar para as criancinhas que não têm. Minha mãe explicou que seria legal doar porque as crianças ficariam felizes”, lembra a menina.

No Brasil, diversas ONGs e instituições ligadas a hospitais recebem doações de mechas para fabricar perucas. Em geral, o tamanho mínimo que pode ser doado a fim de dar forma a uma prótese é de dez centímetros, mas as recomendações sobre a extensão e estado do cabelo depende da organização que irá receber e produzir as próteses.

O estado do cabelo também conta e quanto mais natural, melhor. Quem fez alisamentos, tinturas e outras químicas e, ainda assim tem o desejo de doar, não vale desanimar. Algumas ONGs aceitam esse tipo de mecha mesmo que exija um tratamento para que possa ser tecida e, enfim, dar forma às próteses capilares. 

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